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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A arte de se fazer inimizade(1)

Nietzsche dizia que a vida do homem é tão amarga , que ele é o único animal que ri.
Não, não, a hiena não ri, apenas parece que está rindo. Roberto Carlos é um mentiroso, pois cachorro late, não sorri(rs).
Além de rir, o ser humano gosta muito de brincar, zoar.  Há anos e anos que digo que todo mundo é nervoso e gozador.  Por mais calma que uma pessoa aparente, ela também é nervosa, pelo menos um pouco, tendo seus momentos explosivos.  Por mais séria que uma pessoa seja, mesmo casualmente, ela faz suas gracinhas.

Pela característica de brincar, zoar, nota-se a pequenez da raça humana.
Não basta competir ou assistir competições, pra preencher o vazio da existência,  o homem brinca, zoa.
Para muitos, melhor falar besteira, irritar seu semelhante com brincadeiras de mau gosto, do que ficar calado.

Quantas amizades terminaram por causa das zoações!
Brigas e mais brigas, havendo até agressões físicas;no extremo, morte!

Se não me falha a memória, em 2005, num famoso colégio de Belo Horizonte, um adolescente foi assassinado por um colega de sala, maior de idade.  Por que?  Porque o adolescente o zoava em excesso.
O maior de idade o matou no próprio colégio, com uma faca que carregava na pasta.
Quando fugia, ele foi ainda perseguido pelo menor, que, rapidamente, caiu ao chão, falecendo.
O homem fugiu, mas poucos minutos depois, se entregou à polícia.
Preto e pobre, ele sonhava em terminar os estudos, ser alguém na vida, abraçando uma boa profissão, mas o próprio reconheceu que, com o assassinato , seus sonhos terminaram.
Mandei uma carta para um jornal, um tabloide, que eu tinha o costume de participar, na sessão dos leitores, de opinião.  Na carta, defendo o homem que matou o adolescente(usei meu nome real).

O adolescente poderia , hoje, estar vivo; o seu colega poderia estar formado e exercendo uma profícua profissão, porém, devido a brincadeiras nocivas, denotando falta de respeito com o próximo, o primeiro está morto;quanto ao segundo, mesmo se estiver fora da prisão, carrega o estigma de ter assassinado alguém, sofrendo a rejeição da sociedade e correndo o perigo de ser vítima da vingança da família do morto.  Bem, eu não sei do que foi feito do infeliz "assassino"...

...continua...

2 comentários:

  1. Boa noite Roderick.
    Acho que pode ter ocorrido bulim, o rapaz não suportando mais terminou se tornando um assasino. Não podemos esquecer que nem todo muito está para brincadeira. E duas vidas se acabou, pois ambos tiveram os seus sonhos encerrados. Nem sei que perdeu mais o que perdeu a vida, ou quem deve ter passado uma parte da sua vida preso. Uma feliz sexta- feira. Abraços.

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    Respostas
    1. Muito pertinente seu comentário, Mirtes. Concordo plenamente.

      Muito obrigado por sua simpática presença.
      Uma ótima semana pra vc!
      Abraços

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