Total de visualizações de página

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A incompatibilidade entre o dinheiro e eu

Já pensei em arrumar um emprego, aqui, na cidade interiorana.
Mas, não é tão simples assim.
Como não tenho especialidade, seria quase impossível ganhar mais que um salário mínimo.
Acredito que o primo deixaria eu continuar a morar de graça, na sua fazenda.
Um dos grandes problemas, é que nos finais de semana, quando eu poderia descansar, folgar do serviço, teria que servir ao primo e à sua esposa.  Como eu poderia negar, se moro de graça na propriedade deles?

Outro problema: eu não teria tolerância de trabalhar umas 44 horas semanais, à mercê de chefe/patrão, clientes, colegas de serviço e lidando com tantos aborrecimentos, que acontecem no dia a dia.
Certamente, eu conviveria com pessoas agradáveis, porém nunca faltam os desagradáveis.
Ando cada vez mais intolerante, a ponto de explodir, de surtar, de enlouquecer de vez!(muito triste!).

Então, minha incompatibilidade não é apenas com o dinheiro.  Não tenho harmonia com as pessoas, não tenho tolerância com os eternos problemas diários.  Não tolero rotina.  Até que a minha rotina, como sou egocêntrico, eu tolero, mas a dos outros me deixa fortemente aborrecido.
Desde os primeiros meados dos anos 90, século passado, digo que não consigo mais trabalhar, que não tenho mais condições de viver em sociedade.

Hoje, completei a mensagem que deixei em cima da mesa do meu estragado computador.
Pra quem não está sabendo(quem me acompanha no blog), é uma mensagem de despedida, despedida da vida... uma mensagem suicida.  Apesar de ser pouco provável eu cometer o corte final.
Se eu morrer sem me matar, a mensagem será lida.
O que escrevi hoje, é sobre a chatice do meu primo, das suas brincadeiras bobas, do seu papo ruim.
Na mensagem, deixei ciente que não estou gostando de morar na fazenda, meu descontentamento com a vida e tudo aquilo que relato no blog.

É possível, não está descartado mesmo, de eu me desentender com o primo e/ou com sua esposa, ou seja lá com qualquer outra pessoa na fazenda.  Valendo lembrar que me desentendi com o filho, de 14 anos, do caseiro(não conversamos mais um com o outro).
Aí, é meu fim: abrigo ou sem teto... passando  fome.  Terrível!

Mas, se eu morrer , ao lerem minha carta de despedida, em primeiro lugar, o primo ficaria surpreso em saber que não o aprecio.  Em segundo lugar, creio que ele e muitos outros chegariam a conclusão que eu estava louco.  Por isso até me desentendi com os patrões da outra fazenda.
Por tanto, pra todos, o errado fui eu, um sujeito implicante, intolerante e doente da cabeça.

É um pesadelo, que há anos anseio de terminar, um pesadelo que parece nunca acabar.
Minha vida é um pesadelo.  Só me resta esperar seu término e que eu possa descansar em paz.


4 comentários:

  1. Boa noite meu amigo.
    Não se desespere, viva o hoje, viva a cada dia, viva apenas dia a dia, assim as coisas ficam um pouco melhor e toleravel. Sei que deve ser muito,muito dificil, mas ate agora vem sendo um vencedor, já parou para pensar que nunca ficou totalmente desamparado. Isso já é o sinal que é melhor do que se acha. Pois se de uma forma ou outra está ajudando e sendo ajudado é porque é uma boa pessoa. Eu não lhe conheço pessoalmente mais lhe acho inteligente e bem centrado. Enfim torço por ti. Lhe desejo muitos dias com muita paz e força para enfrentar os problemas existentes. Forte abraço

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Mirtes.

      Já pensei nisso sobre o que vc falou. No blog mesmo, digo que em certos pontos eu tive sorte, principalmente pelo fato de ter encontrado um teto.

      Também torço muito por vc.
      Muito obrigado!
      Abraços!

      Excluir
  2. Achei fantástico seus textos parecem um pouco com a minha vida, só por curiosidade quais os seus livros prediletos ou quais autores lhe influenciaram!!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Seja bem-vindo, Aleister Darwin(gostei da fusão do seu nick).

      Pode parecer estranho, mas como sou cheio de esquisitice, li pouco.
      Através da internet, passei a ler mais.
      Mas, já na juventude, lia enciclopédias; apreciava mitologia e filosofia grega.

      Li um pouco sobre psicologia, inclusive me interessei em ler psicanálise.

      Mas, o pouco que li, meus autores prediletos são Schopenhauer e Edgar Allan Poe.

      Obrigado pelo comentário.
      Abraços

      Excluir