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sábado, 12 de julho de 2014

Meu Juízo Final

A vida é como um jogo de futebol: um eterno perde e ganha. Como não gosto de futebol, não gosto da vida. Mas, somos obrigados a jogar. É comum eu perder nos jogos. Sou um eterno lanterninha, sempre em último lugar, invicto em vitórias.

Minhas duas últimas perdas- a minha amada virtual e meus amados discos- me deixaram mais pra baixo ainda. Ando triste, vazio e, às vezes, tenho rampantes de cinismo. O tempo passa e continuo perdendo.

As caixas dos dois e-mails que tenho estão vazias. Parece que perdi uma amiga virtual , que eu trocava confidências, de um ano e meio pra cá.  Ela ficou com raiva de eu chamá-la de louca, disse que fui irônico com ela, etc... Me desculpei, afirmando que não fui desrespeitoso com ela, como ela disse e nem fui irônico. Posso ter errado, mas ela também errou, se não eu não teria a chamado de louca...

E ultimamente está assim: um conhecido, do meu meio pessoal, através de um e-mail, sugeriu que fossemos a um bar, respondi afirmativamente, sugerindo um dia e horário, e ele não me respondeu, sumiu!
Mandei um e-mail para um dono de um blog de rock. É um sujeito muito legal, apesar de eu não ter muita intimidade com ele. É um cara zen. Eu, simplesmente, desabafei por eu ter ficado sem meus discos, e ele nem respondeu... e continua a postar no seu blog.
Surpreso com um post de uma blogueira, que revelou o nome de um de seus irmãos, que é meu xará, mandei-lhe um e-mail, falando sobre isso, já que meu nome é bem incomum; poucas pessoas conheci com o mesmo nome. Ela, que tem costume de responder meus e-mails, não me respondeu, mas continua postando no seu blog.
Um tio materno , tem me dado força, principalmente moral. É comum ele me mandar e-mails, perguntando como estou. Há poucos dias, reclamei com ele da postura de uma tia, sua irmã, que nem se importa comigo, mesmo sabendo da minha situação difícil(há seis anos que a gente não se vê), e olha que, eu , durante toda minha vida, tive mais contato com ela do que com ele. Ela, pra mim, era como se fosse uma irmã mais velha. Meu tio não respondeu o e-mail.

Andei dando umas olhadas no Facebook de alguns conhecidos virtuais, uns blogueiros, outros ex-parceiros dos tempos de Orkut. Pra mim, o Facebook é um Orkut piorado. No Orkut, pelo menos havia algumas comunidades interessantes. Entre tanta gente vazia, ignorante, grosseira, arrogante, metida, encontrávamos algumas inteligentes, agradáveis, humildes.

Confesso que fico pensativo ao rever ex-amigos, na verdade, ex-parceiros, ex-contatos. Na blogosfera, eu ainda estou apenas porque necessito desabafar. Meus blogs, não passam de diários. Quase não tenho lido postagens em blogs que sigo, sendo raro, mas muito raro mesmo, eu tecer comentários. Era até divertido, quando as pessoas comentavam com uma certa frequência nos meus blogs. Mas, tudo acabou!

Assim como na vida pessoal, estou sozinho  no mundo virtual.  Fracassei , há muito tempo, na interação na minha vida real e o mesmo aconteceu no âmbito virtual.

Sinto que a morte anda perto, sendo a solução mais viável para quando meu dinheiro acabar, daqui a alguns meses. E divago: e se houver vida após a morte? E se tiver um juízo final? Não me dei bem com as pessoas, fracassei no campo profissional. Se uma pessoa for avaliada pelo número de amigos que tem(ou teve), pelo que ela conquistou, pela sua obra altruísta, pelo seu denodo ao trabalho, eu estou ferrado!
Talvez a paranoia tomou conta mesmo de mim, mas já até imagino a avalanche de acusações contra a minha pessoa no dia do juízo final. Eu me defenderia, mas será que adiantaria?

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