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sábado, 4 de julho de 2015

Parece Que A Sorte Me Abandonou

Mais uma vez, estou numa Lan House, a ao pagá-la, ficarei com uns 6 reais no bolso e uma quantia similar no banco. É sério mesmo!

Ontem, digitei um texto no wordpad, para que leem após minha morte. No texto, critico muito a minha tia materna e, de quebra, seu marido e seu casal de filhos(ambos com mais de 30 e menos de 40 anos).

A viúva do meu tio materno tem me dado 300 reais mensais. Os quatro poderiam fazer uma vaquinha de 700 reais. Uns 200 reais para cada um, que são ricos, não faria falta.

Minha saudosa mãe, que gostava muito da minha tia, dizia que ela era egoísta. Seu marido e seus dois filhos são piores ainda.

E olha que eu que olhei a minha avó, mãe da minha tia, nos seus últimos cinco anos de vida. Todo mundo sabia do gênio difícil da minha avó. Todos sabem que não é fácil viver com pessoas idosas.
Eu a levava até em consultas médicas. Numa delas, escutei a vovó falar com uma jovem: "Mas meu neto me ajuda muito!".

E minha tia não me ajuda por uma questão de ser mão fechada, pois durante anos, pagou o plano de saúde da minha avó, assim como a faxineira, que fazia faxinas semanais e até mesmo seus remédios.

E eu , quando morava com minha avó, ajudava nas despesas.

Se os quatro me dessem mensalmente 700 reais, eles salvariam uma vida; me salvariam do albergue.
Seria muito, mas muito pior morar num albergue do que morrer. Seria uma verdadeira tragédia.

Gostaria que depois do meu fim, que minha tia tivesse sonhos consecutivos comigo, no decorrer da noite. Que ela sonhasse também com a minha mãe e a minha avó, que diriam coisas como: "vc podia tê-lo ajudado, mas não ajudou.

Quanto aos meus dois primos, ao saber da minha morte diriam o meu nome, usando pontos de interrogação e exclamação, para depois concluir: "Meu primo?! Quem é ele?!

Hoje, mandei um recado, querendo saber se minha prima, por parte paterna, ainda quer que eu more em sua fazenda. No ano passado, eu com uma situação similar a essa, recebi um convite dela e de seu marido para morar na fazenda. Eu olharia a casa em troca de alimentação e moradia. Recusei. Um dos motivos foi não perceber um salário. Agora aceito. Melhor morar numa fazenda que num albergue. No albergue, não poderei ouvir minhas músicas, beber minhas pingas e há um tanto de contra em morar num lugar deste naipe.

Um grande problema é que não tenho dinheiro para pagar a mudança, que deve ficar cara, já que é numa cidade distante do interior.

Devido eu ser um demissionário contumaz, não parando nas empresas, cheguei a passar apertos, com um tanto de vezes, meu dinheiro prestes a se acabar. E sempre aparecia uma saída, uma salvação.

Quando a esperança estava se esvaindo, pintava um emprego. Em duas ocasiões, um ex patrão e um ex chefe, telefonaram para mim, oferecendo um emprego.

Ao juntar meus panos com minha mulher, eu estava desempregado. Meses depois, casamos no civil. Saquei meu PIS, que nos ajudou muito.

No final de 1991, minha esposa pede o divórcio. Em seguida, vende nosso apartamento, aí fiquei com um dinheirinho ...

Nos anos 90 ainda, depois que meu pai estava separado da minha mãe, o mesmo ajudou a mim e a meu irmão, umas duas ou três vezes. Na última, decadente, sem condições de dirigir, vendeu seu carro, dando o dinheiro pra gente.

Ao morrer, meu pai deixou um pequeno seguro. 50% ficou com a minha mãe, o restante com meu irmão e comigo. Minha mãe tinha intenção de dar o dinheiro todo para nós, mas seu companheiro fez chantagem com ela, que se ela fizesse tal coisa, iria nos sacanear (meu irmão era empregado dele). Quem me contou isso foi a faxineira, que hoje é minha vizinha.

Depois da morte da minha mãe, recebi 40.000,00, parte que minha cabia da venda da casa. Na época, eu tinha apenas 2.500,00 na poupança.

A sorte me ajudou por muito tempo, agora, parece ter me abandonado.

Se minha prima não me querer em sua fazenda, estou perdido no albergue.

De dois anos pra cá, só tenho perdido: minha amada(uma das maiores decepções da minha vida); meus mais de 1000 LPS; a internet... no albergue, perderei meu lar, minha liberdade,o que resta dos meus discos, minhas pingas, meu sossego...

E temo , caso eu sobreviver, temo de pintar uma avalanche de doenças em mim, já que estou pra baixo, há muitos anos, piorando muito de uns dias pra cá. Não há organismo que aguente tantos aborrecimentos!

A vida, para um descrente como eu, não passa de um fardo. Minha mente, há anos e anos, é uma mente de uma pessoa atormentada, rancorosa, vingativa, cheia de maus pensamentos.

Morte, venha, me abrace e me leve, por favor!

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