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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A Quietude do Campo

Nos primeiros dias em que passei na fazenda, gostei muito das noites, nas quais eu fazia a mesma rotina que faço há anos: lanchava, acompanhado de pinga; tomava um banho e ouvia de 2 a três horas seguidas música.
Porém, poucos dias depois, um barulho, tipo máquina, começou a me perturbar. Passou-se alguns dias, o barulho desapareceu... depois voltou... e , de uns dias pra cá, voltou com intensidade, até atrapalhando eu escutar meus discos, assim como prejudicando meu sono e meu estado nervoso.
Um fazendeiro me falou que tal barulho, não é de máquina; são os sapos...
E o barulho costuma durar a madrugada toda.

Bem, os sapos não são tão perniciosos como os seres humanos que escutam som em alto volume. Apesar dos pesares, consigo dormir, coisa que não conseguia ao ouvir funk, música sertaneja, etc..., num volume ensurdecedor.  No entanto, os barulhentos sapos, acompanhados de outros bichos, como grilos e cigarras, conseguem me irritar , e muito!  Tenho que colocar o meu som num volume bem mais alto do que o normal, e ainda assim não dá para abafar direito o barulho dos bichos.

Algumas pessoas fogem das metrópoles e vão residir no campo, alegando da quietude do mesmo.
Compreendo que quem trabalha diariamente, vai ao centro da cidade com frequência, mora em bairros movimentados, não deixa de ter razão em mudar (ou pensar nisso) para a roça.
Contudo, meu caso é diferente. Nos 6 anos e 5 meses, em que morei sozinho em BH e Contagem, eu não trabalhava, não frequentava o centro da cidade e morei em bairros tranquilos-exceto pelos sons barulhentos patrocinados por alguns vizinhos.  Na verdade, eu não convivia com ninguém. Na última residência, em que morei por 5 anos e meio, vivi a maior parte do tempo na quietude do meu bairro.  Quando eu saía de casa, só frequentava bares, supermercados, varejões e banco.  Portanto, pra mim, a quietude na cidade é maior que no campo.

Só me resta manter a calma, não esquentando a cabeça. Tenho que ficar mais paciente, se não piro de vez, ou tenho doenças, problemas corpóreos, tipo um AVC.

Consegui me livrar da civilização. Agora, gostaria de me livrar da roça.
Não gosto da sociedade, não gosto do campo, não gosto da vida.
Mas, somos obrigado a viver, não é?
Vou fazer mais um post hoje, e só devo voltar depois do feriadão de 8 de Dezembro.

Tudo de bom pra todos!

2 comentários:

  1. Ei você
    Aí fora no frio
    Ficando sozinho,
    ficando velho...
    Você pode me sentir?
    Não se entregue sem lutar!

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    Respostas
    1. Bem, isso é um trecho de uma música do Pink Floyd, "Hey You", composta por Roger Waters, não?rs

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