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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

E A Vida Continua, em Mais Um Ano

O último dia em que vi minha prima e seu marido, em 2015, foi em 22.12.
O cunhado do marido da minha prima não apareceu na fazenda, na semana de Natal.  Só apareceu em 28.12., indo embora no dia 30.

Pela primeira vez, passei um Natal e Ano Novo longe da civilização. O silêncio imperou. Foi muito bom!

No entanto, não ando muito satisfeito com o cunhado do marido da minha prima...
O grande consolo continua sendo a gentileza, o apoio dos dois(minha prima e seu marido).

Quando eu estava há poucos dias vivendo no campo, gostando disso, cheguei a dizer que eu havia renascido, e, até mesmo, que eu deveria ter nascido na roça ao invés de ter nascido na cidade grande.
Em pouco tempo, mudei de opinião.
Não renasci coisa nenhuma!  Continuo morto... mas vivo...
Não obstante, reitero que tive muita sorte de ser acolhido na fazenda, de ter um novo lar.  O jeito é empurrar a vida com a barriga, procurando não esquentar a cabeça, seguindo, até que o destino tenha dó de mim e me mate de vez.

Saudações!

2 comentários:

  1. Lendo seu texto, lembrei de uma parte do livro de Arthur Schopenhauer que eu estou lendo:

    "Desejar a imortalidade na individualidade é para ser franco, querer perpetuar um erro ao infinito: pois, no fundo, cada individualidade não é mais que um erro particular, um passo em falso de que a maioria dos homens, e pra falar a verdade- todos os homens mesmo- são feitos de tal modo que eles não podem ser felizes em qualquer mundo que sejam transportados. Pois se nesse outro mundo fossem excluídas a necessidade e a fadiga, eles cairiam sobre o peso do tédio, e se o tédio fosse evitado, recairiam na necessidade, tormentos e sofrimentos. Para levar um homem para o estado de bem aventurança, de modo algum seria suficiente que se transportasse para um mundo melhor. Ainda seria necessária a produção de uma mudança fundamental nele mesmo, que o fizesse não mais ser o que é, mas o contrário, o fizesse se transformar no que não é. Mas para isso, ele tem que primeiro deixar de ser o que é: essa condição preliminar é satisfeita pela morte."

    Obviamente ele não está falando da morte física, pois para ele, conforme já exposto, pouco importa para onde o ser humano se transporta se ele é o mesmo "indivíduo". Essa morte é da personalidade, do próprio eu, daquilo que ele acredita ser.

    Talvez seja isso que falte. Análise crítica não apenas do que está em sua volta: roça, cidade, barulho, cunhado do marido da prima, etc...Mas o seu próprio ser. Talvez seja hora de morrer interiormente.

    Eu tenho 32 anos de idade e já morri várias vezes. A medida que os anos passam, fica cada vez mais difícil de morrer: desprender de velhos hábitos, conceitos, anseios... Mas cada vez é mais necessário.

    Amo seu blog. Abraços!
    http://trombadeelefante.blogspot.com.br/

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    1. É isso mesmo Alice.
      Muito obrigado pela mensagem.
      Vou visitar seu blog.
      Abraços

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