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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Feliz Velho Mundo - Rei do Crepúsculo

O tecladista Woolly Wolstenholme compôs e cantou uma musica bem lúgebre, "Happy Old World", em 1971, canção escutada no segundo álbum da banda Barclay James Harvest, "Once Again".

Místico e aparentando ser espiritualista, Wooly, poucos anos depois, compôs "Nós Sobreviveremos Além da Sepultura" e "Ra"(divindade egípcia).
Em 2010, o tecladista suicida, aos 67 anos.
E em "Happy Old World" ele fala em se matar.
Confiram:

"Oh Senhor, qualquer olho pode ver o mal que temos feito.
Eu preciso de ajuda para sair deste labirinto.
Ambos podemos apenas dizer adeus e seguir nossos caminhos separados.
Minha mente não está nesta música que canto; meu coração não está nas linhas.
Acho que vou ir e me matar; então, vc, gentilmente, fechará as cortinas.
Oh, um feliz e velho mundo
Dar e receber, é o que vc faz dele.
Um feliz velho mundo
Mas sinto muito por estar deixando-o.
Um feliz velho mundo
Mas, acho, acho que ainda acredito nisso".

É um velho mundo, realmente, mas nunca foi feliz.
A felicidade é uma quimera.
Um ano está para terminar e outro para recomeçar(rima involuntária), e o que mudou neste velho mundo?
Nada!  Os mesmos frequentes problemas, as constantes tristezas e perdas, contrabalanceados por pífios e vulgares prazeres.

Ontem, escutei dois discos do conjunto Nektar.  Nektar, a bebida dos deuses; Nektar, sinônimo de coisa deliciosa.  E o som do Nektar, único conjunto do mundo-que eu saiba- inglês e alemão ao mesmo tempo, é delicioso!

Há pouco, tomei conhecimento que Roye Albrighton, guitarrista/vocalista , enfim, figura principal do Nektar, morreu, neste ano, aos 67 anos, de causas naturais.

Numa das músicas, que escutei ontem, Albrighton fala sobre o Rei do Crepúsculo.  Quando o Rei do Crepúsculo nos chamar, existirá uma chance de ser livre.
E o Rei do Crepúsculo chamou Roye Albrighton, que , aparentemente, se libertou.
Meu dia ainda chegará. Só me resta esperar(outra rima involuntária).

Rei do Crepúsculo

Quando o Rei do Crepúsculo me mostrar
Eu darei dez passos para ver
Quarenta folhas eu pago pela liberdade

Por uma chance de ser livre
Por uma chance de ser livre

Quando o Rei do Crepúsculo te chama
Dê um passo e você verá
Todos precisamos de uma solução rápida

Por uma chance de ser livre
Por uma chance de ser livre
Livre

Quando o Rei do Crepúsculo me mostrar
Eu darei dez passos para ver
Quarenta folhas eu pago pela liberdade

Por uma chance de ser livre
Por uma chance de ser livre
Livre

Um ótimo 2017 para todos!
E espero que a passagem de ano, seja tranquila como foi o Natal, sem poluição sonora.
No inferno existem três coisas, entre outras, coisas que não podem faltar: barulho, insetos e o marido da minha prima( a ex-patroa)rs.

2 comentários:

  1. Amigo, muito boas as referências musicais. Passarei a ouvi-las. Alguns filósofos já nos alertaram que a busca da felicidade é algo que não é importante. A minha hipótese é de que o legal da vida talvez não seja a felicidade (deve ser triste chegar a um ponto em que tudo está estável e alegre de mais), mas sim as desventuras, as perdas e os pequenos prazeres ainda que pífios. De qualquer forma, desejo viver pra ver se isso é verdade ou não.

    Próspero ano novo! E que a sua fonte para produzir textos tão bons não seque!

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    1. Oi, Rafael. Muitos pensam como vc, mas eu detesto desventuras e perdas. É muito falado, inclusive Schopenhauer dissertou sobre isso muito bem, que sem problemas aparece a monotonia. Mais uma comprovação da patética condição humana.
      Prefiro a monotonia do que sofrimento.

      Um próspero ano novo para vc também.
      E muito obrigado pelos comentários e pela bondade em elogiar meus humildes textos.

      Abraços

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