Mais um ano...

É, consegui "emplacar" mais um ano.  Ano que já está correndo depressa... hoje, dia 2 de janeiro, faltando apenas 363 dias para 2017 terminar.

Na passagem do ano fui perturbado por poluição sonora: funks e forrós.  A fazenda em que moro atualmente tem um tanto de fazendas e sítios vizinhos ao redor, sendo que um sítio é alugado para festas.
Felizmente, o tarado poluidor não ficou fazendo barulho até as 5 ou 6 da manhã, como muitos fazem; por volta das 2 da manhã, terminou com a orgia.

E o primeiro dia do ano continuou ótimo!  Logo de manhã, ao levantar, me deparo com umas formiguinhas bem pequenas mesmo, na também pequena pia da cozinha. Isso foi o suficiente para eu ficar nervoso e perder o controle, xingando sem parar. E mesmo com um lado meu pensando que não era motivo pra ficar tão nervoso...
Minha cabeça chegou até a ficar pesada ; fiquei meio zonzo.

À tarde, meu primo me surpreende, negativamente.
Ele fala para que eu não dê frutos da fazenda para outras pessoas de fora da fazenda. E disse que dará tal "orientação" igualmente para o caseiro.
Lembrei a ele que o cientifiquei por dar,semanalmente, umas duas ou três dúzias de limões para o dono do bar/restaurante , onde compro marmitex de tropeiro, e que ele havia permitido, falando que os limões perdem, de tanta fartura.  Mas, ele alegou que foi um vacilo dele.  Ainda disse o tradicional, "não me leve a mal".  Imediatamente, cientifiquei ao caseiro, que falou que o primo não comunicou tal fato com ele. E o caseiro chegou a falar pra eu continuar a dar frutos da fazenda para os outros, por conta dele, que falará com o primo.  Retruquei que não daria mais, já que o dono da fazenda é o meu primo(rs).

Fiquei indignado, chateado com a atitude do meu primo. Suspeito que a irascível mulher dele está por trás disso.  Ela tem fama de ser uma pessoa muito dura, de dificílimo trato.

Um dia antes disso, meu primo perguntou pelos maracujás, que ficam colados na casa onde moro.
Respondi que peguei três deles, sendo que um eu já havia digerido, mas que daria os outros dois pra ele, que recusou, alegando que sua esposa gosta de pegá-los no pé.
Ainda, na semana anterior, haviam mais uns três ou quatro maracujás, que sumiram do pé.  Suspeitei que foram parentes , jovens parentes do caseiro, que apareceram na fazenda, à tarde, na última quarta-feira.  Falei ao primo que alguém pegou os maracujás, mas que eu não sabia quem foi que pegou.  Não falei a ele da visita dos parentes do caseiro, que tenho certeza levaram muitas mangas e limões.

Na próxima semana, pretendo esclarecê-lo que não fiquei dando frutos da fazenda a torto e  a direito para os outros. O que dei, além dos limões semanais para o comerciante do bar/restaurante, foi:
um pouco de mandioca, numa sacola de plástico, para as duas atendentes da biblioteca, onde faço uso do computador; dez cajus, incluídos quatro que dei para o cunhado de uma das atendentes, que está de câncer e necessita de suco de caju para se recuperar da quimioterapia; uma dúzia de mangas; nove chuchus(tudo para as funcionárias da biblioteca) e um dúzia de mangas para uma funcionária do bar/restaurante.

A mulher do meu primo é super exigente e chata.  Gostaria de estar enganado, mas creio que terei problemas com ela, no futuro.
O fantasma da fome e da falta de moradia voltam a aparecer para mim.

Sou um poço de defeitos, porém sou honesto e estou longe de ser explorador, de gozar com o pênis(vamos ser mais polidos-rs) dos outros.



E o ser humano continua a me surpreender...

Assim que me sinto em relação a certas coisas desagradáveis, que somos obrigados a escutar:

E vamos ver como termina tudo.

Mais um ano... e continuo na torcida de não ver mais outro ano nascer, no planeta Terra.
Na torcida para ser meu último ano de vida...