Meus pais mudavam muito de residência. Dos meus 6 até os 13 anos, moramos em 8 casas diferentes. Em algumas não chegamos a ficar nem 6 meses.
No entanto, na nona casa, ainda com meus 13 anos, em 1969, moramos 4 anos. Não foi numa casa, era num prédio. Era num bairro tradicional, um bairro gostoso e perto do centro da cidade.
Este lugar me marcou muito. Fiz amizades com alguns vizinhos da minha faixa etária. Eu jogava peladas em frente ao prédio em que morávamos... batia papo com os colegas... brincava...
No entanto, me desentendi com muitos . Os dois colegas que eu mais gostava eram o A., que morava a uns 50 metros da onde eu morava e o G., vizinho de prédio.
Quando mudamos, em 30.12.1973, fiquei muito chateado, já que eu gostava de morar no tal prédio, do bairro, dos dois citados colegas e tinha esperanças de namorar uma menina, que morava num bairro próximo. Fomos morar num local bem longe do centro. Sobre os dois colegas, o A., estava afastado da gente, andando com outra turma, num bairro próximo. O G. e eu tínhamos tido um desentendimento e terminado a amizade, por motivos bobos, coisa de adolescente. Eu tinha vontade de voltar a ser seu amigo. No entanto, isso nunca voltou a acontecer.
O prédio , em que morei por quatro anos, era numa esquina, onde ficávamos com frequência batendo papo, jogando bola ou brincando. Demorei muito a me conformar de termos mudado do local. E só depois de muitos anos percebi que não fui feliz lá. Percebi , igualmente, que minha pessoa não era admirada, bem quista. O A., e o G., já não estavam nem aí pra mim, há muito tempo!
Mas lá foi um local que me marcou tanto, que até hoje, nos meus sonhos, na noite, na madrugada, sonho que ou estou morando no prédio ou frequentando o lugar.
E até hoje tento imaginar como seria minha vida, se não tívéssemos mudado para outras residências. Acredito que eu seria bem mais infeliz lá do que nos locais em que morei posteriormente. Penso que eu entraria em conflito com alguns conhecidos, quem sabe até com consequências funestas. Contudo, eu poderia também me isolar.
E foi à partir do próximo local em que moramos, que me tornei um solitário. Um solitário consciente. Com apenas 18 anos , fiz uma análise da minha vida, chegando a conclusão que fracassei em tudo: com namoradas, amigos, família... comecei a trabalhar aos 17 anos, como um simples balconista, no Mercado Central. Eu detestava trabalhar no mercado! Eu não queria mais estudar. Totalmente sem rumo, cheguei até a ter uns pensamentos suicidas.
Mesmo acompanhado da solidão, da descrença e do desânimo, namorei e fiquei algumas vezes, tive uns pouquíssimos colegas... tive minhas ilusões. Mudava constantemente de emprego. Fui um contumaz demissionário. Fiquei bons tempos desempregado. Meu relacionamento com a família, principalmente com meu o meu pai, continuava não muito bom. A solidão continuava sendo uma querida companheira, mas eu odiava a solidão acompanhada. Minha maior paixão era a música, o rock, ter mais de 1000 discos.
Masturbar, pensando em lindas atrizes chegava a ser até mais prazeroso do que transar com mulheres feias.
Gostava de ver filmes de terror antigos, filmes eróticos, pornochanchadas. Na TV, cheguei a seguir algumas novelas. Gostava de certos seriados norte-americanos.
Já , há muitos anos, eu detestava futebol. Não gostava de: dançar, festas, Churrascos, Carnaval, carros, não viajava, passei a não gostar mais de novelas... enfim, eu não gostava de quase nada. Cada vez, mais caseiro...
Aos 31 anos, me casei. Moramos uns 3 anos sob o mesmo teto. Foi um casamento muito conturbado. Brigávamos muito. Separamos e voltamos muitas vezes, muitas mesmo! Uma loucura!
... continua...
No entanto, na nona casa, ainda com meus 13 anos, em 1969, moramos 4 anos. Não foi numa casa, era num prédio. Era num bairro tradicional, um bairro gostoso e perto do centro da cidade.
Este lugar me marcou muito. Fiz amizades com alguns vizinhos da minha faixa etária. Eu jogava peladas em frente ao prédio em que morávamos... batia papo com os colegas... brincava...
No entanto, me desentendi com muitos . Os dois colegas que eu mais gostava eram o A., que morava a uns 50 metros da onde eu morava e o G., vizinho de prédio.
Quando mudamos, em 30.12.1973, fiquei muito chateado, já que eu gostava de morar no tal prédio, do bairro, dos dois citados colegas e tinha esperanças de namorar uma menina, que morava num bairro próximo. Fomos morar num local bem longe do centro. Sobre os dois colegas, o A., estava afastado da gente, andando com outra turma, num bairro próximo. O G. e eu tínhamos tido um desentendimento e terminado a amizade, por motivos bobos, coisa de adolescente. Eu tinha vontade de voltar a ser seu amigo. No entanto, isso nunca voltou a acontecer.
O prédio , em que morei por quatro anos, era numa esquina, onde ficávamos com frequência batendo papo, jogando bola ou brincando. Demorei muito a me conformar de termos mudado do local. E só depois de muitos anos percebi que não fui feliz lá. Percebi , igualmente, que minha pessoa não era admirada, bem quista. O A., e o G., já não estavam nem aí pra mim, há muito tempo!
Mas lá foi um local que me marcou tanto, que até hoje, nos meus sonhos, na noite, na madrugada, sonho que ou estou morando no prédio ou frequentando o lugar.
E até hoje tento imaginar como seria minha vida, se não tívéssemos mudado para outras residências. Acredito que eu seria bem mais infeliz lá do que nos locais em que morei posteriormente. Penso que eu entraria em conflito com alguns conhecidos, quem sabe até com consequências funestas. Contudo, eu poderia também me isolar.
E foi à partir do próximo local em que moramos, que me tornei um solitário. Um solitário consciente. Com apenas 18 anos , fiz uma análise da minha vida, chegando a conclusão que fracassei em tudo: com namoradas, amigos, família... comecei a trabalhar aos 17 anos, como um simples balconista, no Mercado Central. Eu detestava trabalhar no mercado! Eu não queria mais estudar. Totalmente sem rumo, cheguei até a ter uns pensamentos suicidas.
Mesmo acompanhado da solidão, da descrença e do desânimo, namorei e fiquei algumas vezes, tive uns pouquíssimos colegas... tive minhas ilusões. Mudava constantemente de emprego. Fui um contumaz demissionário. Fiquei bons tempos desempregado. Meu relacionamento com a família, principalmente com meu o meu pai, continuava não muito bom. A solidão continuava sendo uma querida companheira, mas eu odiava a solidão acompanhada. Minha maior paixão era a música, o rock, ter mais de 1000 discos.
Masturbar, pensando em lindas atrizes chegava a ser até mais prazeroso do que transar com mulheres feias.
Gostava de ver filmes de terror antigos, filmes eróticos, pornochanchadas. Na TV, cheguei a seguir algumas novelas. Gostava de certos seriados norte-americanos.
Já , há muitos anos, eu detestava futebol. Não gostava de: dançar, festas, Churrascos, Carnaval, carros, não viajava, passei a não gostar mais de novelas... enfim, eu não gostava de quase nada. Cada vez, mais caseiro...
Aos 31 anos, me casei. Moramos uns 3 anos sob o mesmo teto. Foi um casamento muito conturbado. Brigávamos muito. Separamos e voltamos muitas vezes, muitas mesmo! Uma loucura!
... continua...
Nenhum comentário:
Postar um comentário