Minha saudosa mãe, na minha juventude, devido eu ter ficado muito tempo desempregado, chegou a questionar se eu não me cansava de ser inútil. E disse que eu era um gigolô. Na época, eu achava que gigolô era apenas o homem que vivia às custas de sua companheira e/ou namorada/amante.
Ainda jovem, eu ficava constrangido de depender dos meus pais. Com a minha ex-esposa, ela e eu dividíamos a conta. Maior constrangimento , foi depender do companheiro da minha mãe, de 2000 a 2008...
Hoje, me sinto livre, sem constrangimentos. Vai que como fui um gigolô, um vagabundo, foi uma herança, a parte da casa da minha mãe e de seu companheiro, que fez com que eu sobrevivesse por estes cinco anos. E, com o fim da herança, vendi meus discos...
Pelas minhas previsões, lá pra fevereiro , no máximo, março, o dinheiro acaba. E, desta vez, não tenho mais patrimônio, como os discos, para serem vendidos.
Não quero ir pra fazenda; não quero morar com ninguém; não quero virar mendigo; não quero ir para um asilo.
E fico no vai não vai, no é não é: viver ou não viver? Sinceramente, acho que vivi muito. Cinquenta e oito anos é muito tempo de vida. Minha saúde ainda está boa, mas, a realidade é que de agora pra frente, tudo só piora. Não tenho ilusão alguma. Estou cansado. E cansado de perder...
É preferível a morte do que a dependência, mas terei coragem de fazer o corte final? Amarelei há quatro meses atrás... Que o destino tenha dó da minha humilde, vagabunda e infame pessoa!
E a novela continua...
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