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quarta-feira, 18 de março de 2015

(Mais) Um Dia Na Vida(Parte 1)


 Falar é fácil, Seu Confúcio. Teoria é uma coisa, prática é outra.
O que mais o problema me ensina é como ficar de saco cheio, aborrecido e amargurado.

Ontem, o dia não foi legal, computadoramente(rs) falando(é, eu ainda consigo rir e fazer piadinhas).

Liguei o pc pouco antes das 7 da manhã, e não havia conexão, que só apareceu por volta das 9:15. Fiquei pouco tempo on, pois eu tinha que cozinhar arroz(rs).

Durante essas quase três horas sem conexão, uma das coisas que fiz, foi escrever meu testamento. Eu já tinha intenção de fazer isso, mas, seria no dia(ou até alguns dias antes) do corte final.

Escrevi três páginas em folhas de papel ofício.

Critiquei o meu irmão e bem mais ainda a minha tia materna, pela falta de apoio, e não estou dizendo financeiro apenas, estou dizendo moral, coisa que meu falecido tio materno, sua viúva e uma das minhas tias paterna me deram.

Praticamente, escrevi tudo que já relatei aqui: falência, sarjeta, morte, falta de vontade de viver, minha avançada idade, as faltas de possibilidades profissionais, o meu cansaço com os altos e baixos da vida... a minha descrença total.

E encerrei o "testamento", bem ao meu estilo sarcástico, de humor negro:
Aos parentes, que tanto me amam e se preocupam comigo(rs):
Tenho direito de ser enterrado no Cemitério da Paz-ao lado da minha mãe- mas, economizem... joguem meu corpo no Rio Arrudas(é um rio imundo-rs), ou, quem sabe, no caminhão de lixo. rá rá rá.

Uma coisa que acho que ainda não falei por aqui, foi que mesmo se eu continuasse a ter uma renda de R$ 1.000,00 , eu ficaria ainda bem apertado. Não passo fome, pago minhas contas em dia, mas faço muita economia. E vejam a precaridade: estou sem televisão, telefone, relógio;meu colchão de cama está bem rasgado; meu ferro de passar roupa não está funcionando bem, minhas roupas de cama e banho, estão em frangalhos e etc e tal(eu disse isso tudo no meu testamento). O meu maior medo é da geladeira estragar...

A viúva do meu tio, que disse que me ajudaria financeiramente, sumiu... A ajuda que ela me deu foi bem legal, fico eternamente grato à ela, que, pensando bem, não tinha obrigação alguma... ela não é por bem dizer uma parente, e temos pouca intimidade. No entanto, R$100,00 mensais é somente um paliativo.

Acredito que os três filhos dela, que não se entendiam com o meu saudoso tio, assim como seus numerosos irmãos, devem tê-la censurado por ela estar me ajudando. E não os censuro por isso, como falei, ela não tem vínculos grandes comigo, para me ajudar.
Censuro o meu irmão, que, de fato, não tem condições financeiras de me ajudar, mas ele se afastou de mim, sem me dar nenhum apoio moral. Quanto à minha tia materna, é uma pessoa isenta de solidariedade. Falei no testamento, que desde minha juventude, suspeitava que ela não gostava de mim.

Outra coisa que falei no testamento: que eu tentei ter uma boa profissão, tentei ter autonomia, mas não consegui, principalmente pelo fato de me faltar objetivo, ambição, meta. Completei dizendo que ninguém me entendeu, incluindo minha mãe. Que pensam que não passo de um vagabundo, um comodista e outra coisa piores.

...continua...


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