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segunda-feira, 4 de abril de 2016

O Bicho do Mato Tem Mesmo É Que Morar no Mato


segunda-feira, 4 de abril de 2016

O Bicho do Mato Tem Mesmo É Que Ficar no Mato

Cheguei na cidade interiorana, há , aproximadamente, uma hora.  E, pela primeira vez, vim à pé... não consegui carona.  É na volta que caminho à pé.  Às vezes, dou sorte e encontro uma carona no caminho, mas é mais comum percorrer a estrada de dez quilômetros, à pé.

Hoje, me levantei pouco depois das 6 horas, como é comum.  O único sujeito que poderia me dar uma carona, que fica numa fazenda cem metros de onde moro, não iria , hoje, na cidade interiorana... só na quarta-feira.  Daí, quinze dias "preso" na roça, achei melhor encarar a estrada...  tomar um ar diferente...

E pra percorrer tanto caminho de chão, pouco antes das 8 horas, bebi um pouco de pinga, acompanhado de pão de forma , requeijão pastoso, café e biscoito maizena.  Só assim, pra caminhar tanto...rs

Ainda penso em voltar hoje... à pé... darei conta?  Espero que sim.

Depois de quatro semanas sem aparecer na fazenda, minha prima e seu marido voltaram lá, na semana santa.  Foram embora no domingo, às 16 horas.

O marido da minha prima chegou a dizer pra mim: "vc está evitando a gente".  Fiquei mais distante deles mesmo.  Como já relatei aqui, as brincadeiras, as críticas que o marido da minha prima faz a respeito da minha família, e até mesmo nossa visão da vida, bem diferente uma da outra, me faz afastar do mesmo. E, no domingo, ele estava muito sério... não brincou comigo.  Espero que continue assim.

Revelei a eles que eu não estava dando conta de fazer novos canteiros de planta, assim como achava bem puxado capinar, extrair matos...  Aparentemente, parece que eles compreenderam...  No entanto, ainda na semana santa, fiz um outro canteiro. rs.

Não obstante, não há como não agradecer à sorte por ter sido acolhido na  fazenda.
É comum quando eu vou comer algo, vir à minha mente isso:  "Obrigado, prima, muito obrigado, pois se não fosse vc eu estaria num albergue, na rua, num hospício, ou num hospital.  Vc e seu marido também, não posso esquecer disso, me deram um lar, salvaram a minha pátria.

Pode ser que as coisas piorem na fazenda; pode ser que eu me desentenda com o cunhado do marido da minha prima, que eu brigue com o pedreiro, que eu queime meu filme com o marido da minha prima, e até mesmo com ela, no entanto, espero que a sorte ainda me sorria, e eu termine meus dias , morra na roça.

Muitos dizem que aprendemos com sofrimentos e dores, que são lições de vida, mas o que aprendi com eles, foi ter mágoa, insegurança, desconfiança, descrença e, até mesmo, ódio.

Existem pessoas que desde a infância são complicadas, problemáticas, temperamentais... Fui uma criança comum, tranquila, mas ao chegar na adolescência, só colhi perdas, problemas e sofrimentos, com exceções de pífios prazeres.

Não sei conjugar o verba amar, e, infelizmente, conjugo o verbo odiar com grande frequência.

E, nesta última semana, fiquei de segunda a ontem(domingo) sem ter contato humano, já que o cunhado do marido da minha prima não apareceu na fazenda.  Foi ótimo, apesar das vacas, que são especialistas em perturbar o meu sossego.  Ainda assim, muitíssimo obrigado, minha prima!  Tudo de bom pra vc é muito pouco ainda!  Saúde, sucesso e paz!

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