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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Estou só - Paradoxo - Vontade de morrer(2)

É um grande paradoxo e uma das coisas piores da vida: morrer e continuar vivo.
É o meu caso, é minha situação.

Desejar morrer não é crime, não é pecado, não é frescura, não é fraqueza, não é querer aparecer(ao contrário, é querer desaparecer-rs) não é fazer drama, embora seja dramático.
Pertenço a uma minoria que tem vontade de morrer.  Minha avó paterna, morta octogenária, também jogava neste time.

Desejar morrer não é ser doente da cabeça, não é ser deprimido.
É uma questão de gosto e cada qual com o seu.
Não se deve censurar quem tem vontade de morrer.  Ninguém é obrigado a gostar da vida.

Tenho em comum com alguns religiosos , o fato de pensar que a morte é uma libertação; só que os religiosos creem numa existência pós túmulo, onde encontrarão a felicidade.  Não creio nisso.  Creio que o Nada é a libertação; o não existir seria uma dádiva.

E na roça... Sai de mim, capim! Sai de mim, insetos!
Quando tudo chegará ao fim?

2 comentários:

  1. Olá, amigo! Ainda estás aí? Será um grande prazer se me responder. Não te julgo por querer morrer. A vida não parece ser lá essas coisas mesmo. Hoje foi um dia feliz, mas ao mesmo tempo triste para mim. Percebi que tenho a capacidade de odiar as pessoas sem motivo, sem que elas tenham feito nada contra mim. Isso se choca com o que eu pensava sobre mim mesmo e a forma como enxergava o mundo. Essa foi a prova de que a vida não é perfeita e nós não somos poços de bondade e que todas as outras pessoas não são necessariamente más ou necessariamente boas. Enfim, preciso parar de ser prolixo. Amigo, sem querer julgar ou nada do tipo, responda algumas questões por favor (se não quiser também, tudo bem, eu sou chato às vezes): de que vale a vida sem vida? De que vale o vazio absoluto? Você expôs que não acredita em posteridade. Nesse sentido, de que vale encerrar tudo, se depois não há nada? De que vale encerrar, se há a possibilidade de continuar? Essa em especial: a dor e o prazer são as únicas medidas para se avaliar uma vida humana? Reitero que não há necessidade de responder se não for da tua vontade. Apenas gostaria que pensasse nessas questões, se ainda não pensou, caro amigo.

    Fique bem!
    Abraços!

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    Respostas
    1. Oi, Rafael.
      Primeiramente, gostaria de me desculpar pela demora em te responder. É que só faço uso da internet duas vezes por semana. Sendo que na semana passada, o último dia em que usei foi na terça-feira.
      Só uso a internet na biblioteca da cidade, que fica há uns quatro quilômetros da fazenda em que eu moro, daí a dificuldade...

      Confesso que acho muito estranho odiar as pessoas sem motivo.
      Acontece, às vezes, e isso eu percebi com a minha avó materna, que era uma pessoa muito implicante, olhar , bem, não digo olhar, ouvir as pessoas falarem, e dizer que tem antipatia das pessoas...

      Bem, ando curtindo tanto solidão, que costuma acontecer, depois que saio da biblioteca e vou para a fazenda, ao me deparar com pessoas que trabalham lá, eu pensar: "que azar!". É, me incomoda vê-las, mesmo eu não tendo nada contra elas.

      Respondendo às suas questões, sou cético... acho mais provável não haver vida após a morte, mas posso estar enganado.
      Quanto mais eu vivo, menos temo o vazio, o nada.
      Nosso instinto de vida é muito forte, mesmo com todos os revezes da existência, daí queremos sobreviver e ansiamos por uma vida pós-túmulo.
      Interessante é que para os orientais, a morte, o nada, é um descanso; já os ocidentais têm pavor de perder a vida.

      Dor, prazer, monotonia fazem parte da condição humana.

      Espero que tenha gostado das minhas respostas.
      E pode perguntar à vontade.
      Sua presença é muito bem vinda.
      Muito obrigado pelas suas mensagens, e apareça sempre.
      Saúde e paz!
      Abraços

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