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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Quatro Tecladistas(1)

Como todo mundo que gosta de rock, adoro guitarra.  No entanto, gosto um pouco mais de teclados.
E tenho um enorme apreço , em especial, por quatro tecladistas: Mike Pinder, ex-Moody Blues; Tony Banks, do Genesis;  Wooly Wolstenholme, Barclay James Harvest e Richard Wright, Pink Floyd.

Curto mais suas habilidades como compositores,  e até cantores(exceto Tony Banks) do que suas performances como tecladistas.  Aliás, o único virtuose, como instrumentista, a meu ver, é Tony Banks, que sola muito, pilotando seus teclados.  Os outros três, não são muito de solar com suas teclas.

Outra particularidade, é que os quatro são meus músicos preferidos dos grupos que eles atuavam.
No Pink Floyd, a maioria do público prefere David Gilmour(guitarrista) ou Roger Waters(baixista). No Moody Blues, o mais apreciado pelos fans é o guitarrista/vocalista Justin Hayward.  No Barclay James Harvest, a preferência é para John Lees(guitarrista) e Les Holroyd(baixista).  Quanto ao Genesis, os mais notados foram Peter Gabriel, o pop descartável de Phil Collins, Mike Rutherford , com seu também descartável Mike and Mechanics e mesmo o guitarrista Steve Hackett, que teve uma profícua carreira solo, sem se associar ao mainstream.

Confesso que tenho uma enorme dificuldade de expressar o que sinto pelos sons que os quatro tecladistas criaram.  Um dos motivos da minha dificuldade é o fato de eu nada entender de música; sou apenas um escutador...

Eu diria que todos os quatro tem uma sensibilidade fora do comum e são especialistas na criação de canções suaves.  Criam baladas, baladas incomuns, longe de serem descartáveis.
Não faziam água com açúcar... criavam sucos deliciosos, com a adição de bebidas alcoólicas... saborosas batidas!

Outro detalhe: todos os quatro tinham um estilo bem pessoal de tocar.
Foram músicos geniais.  Subestimados, penso eu(mesmo o Tony Banks).

Tony Banks


Desde os bons tempos , em que o Genesis tinha Peter Gabriel como vocalista, quando as músicas, de acordo com a ficha técnica dos álbuns, eram compostas pela banda toda, eu suspeitava que Tony Banks era o autor da maior parte do repertório.
Isso foi comprovado logo após a partida de Peter Gabriel, com os integrantes do Genesis compondo individualmente.
Na internet, descobri que Banks foi o compositor de algumas pérolas, do áureo período da era Peter Gabriel.

Tony Banks, pra mim, é um dos melhores tecladistas do rock.  Acho-o ,  mesmo, superior a Rick Wakeman.  Não conheço outro tecladista que deu solos tão maravilhosos , de sintetizador, como ele deu.
Seus solos pareciam músicas dentro de outras músicas.  Seu estilo clássico de tocar piano, é notável.
Seu orgão hammon soava diferente dos outros. E quanta criatividade ao teclar seu mellotron!
A introdução, de mellotron, na canção "Watcher of the Skies" é soberba.

Banks, não se resume apenas em ser um grande compositor de melodias, foi eficiente, igualmente, em escrever letras, sejam psicodélicas, surrealistas ou de cunho existencial.
Mesmo em músicas mais simples, como "Afterglow", Banks consegue nos agradar.

Gradualmente, Tony Banks foi tocando teclados mais modernos, abandonando os sintetizadores Arp, o mellotron , o orgão Hammond e o piano de cauda, no Genesis.  Se tornou irreconhecível...
Na sua carreira solo, só conheço o primeiro disco; muito bom, por sinal; com o tecladista tocando teclados contemporâneos, mas com eficiência e sensibilidade. Nesta época, ele já namorava o famoso piano Yamaha.

Nos inesquecíveis tempos do Genesis, Banks também dava uma canja nos bonitos violões de doze cordas.

Cantou, no seu segundo álbum solo, mas não encantou, desapontando o público.

... continua

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