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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A incompatibilidade entre o dinheiro e eu

Pouco tempo depois de eu ter saído da outra fazenda, um leitor do blog me avisou que tenho direito a receber o abono do PIS. E eu, que trabalhei por anos no setor de pessoal, havia  me esquecido disso.

No entanto, fiquei sabendo que o trabalhador rural não tem direito ao abono do PIS.  O trabalhador rural só tem direito ao abono, caso tenha tido como empregador uma pessoa jurídica.  A filha do irmão mais velho do meu pai é pessoa física.

Outra esperança de colocar um dinheirinho no bolso: a liberação pelo governo das contas inativas do FGTS.  Eu até olhei meu saldo, na internet: 588 reais.
Mais uma esperança desvanecida... só tem direito ao saque quem tem conta inativa até 31.12.2015. Fui registrado na fazenda, em 02.01.2016. Não posso sacar o FGTS.

937 + 588= 1.525.
Com este dinheiro compraria um novo dvd player, já que o meu anda meio de lua: às vezes funciona, outras vezes não; compraria um tênis; alguma coisa mais sofisticada para me alimentar...
Contudo, o dinheiro, o maldito dinheiro, mais uma vez, não quis nada comigo.

Na poupança, só tenho 60 reais. Por coincidência, estou com 60 reais no bolso, do último saque que fiz na minha conta.  Já avisei ao primo/pai/patrão, que se comprometeu a pagar meu tropeiro e meus dois salgados semanais, que ficam no valor de 14 reais, depois de eu ficar duro(sem dinheiro).
Quanta pobreza!  Quanta dependência!

Graças à maravilhosa internet, descobri que tenho 6,90 , referente aos rendimentos do PIS.  Posso sacá-lo.  Muito dinheiro, não?
Mas, esqueci o número da senha do meu cartão cidadão, e como aqui não tem agência da Caixa Econômica Federal, eu teria que ir até a cidade mais próxima para atualizar a senha, gastando 13,25 de passagem de ônibus...  Sem os 6,90...

... continua

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