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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A incompatibilidade entre o dinheiro e eu(3)

Comecei a trabalhar aos 17 anos, como um simples e humilde balconista, no Mercado Central, subordinado ao irmão mais velho do meu pai, que é pai da megera,  minha patroa na fazenda anterior.

Meu pai também era empregado dele(do meu tio).  A Ceasa foi fundada em 1974.  Meu progenitor recebeu uma proposta irrecusável de ser gerente , em uma das lojas do Ceasa.  O velho ganhava um salário super alto.  Minha família melhorou de vida... tivemos mais conforto.
Mas, nunca tive mesada.  Eu não precisava ajudar financeiramente em casa; tinha o que comer,  o que vestir, mas as despesas com saídas, passeios, era por minha conta.  Tive que trabalhar para isso.
Sempre ganhando pouco... o dinheiro evitava o meu bolso.

Desempregado, entre os 18 e 19 anos, meu pai me colocou para trabalhar nos finais de semana, vendendo frutas a varejo, na Ceasa. Tal comércio, pertencia ao patrão dele.
Trabalhando apenas três dias, eu ganhava uma parte do lucro das vendas.  Era um dinheiro até gordo, para poucos dias de trabalho.  Muito bom, não?
Porém, o que é bom, realmente, dura pouco. A superintendência da Ceasa decretou uma lei, em que somente funcionários registrados como empregados(na Ceasa), poderiam trabalhar nas vendas de varejo, nos finais de semana. Eu não era funcionário do estabelecimento.  O dinheirinho, que entrou no meu bolso a mais que o normal, foi se embora bem rápido(se trabalhei um mês,foi muito...).

Depender do primo, como vivo a falar, me constrange muito.
Aqui, no blog, é notório meu desdém pelo capitalismo, e o primo é um hiper capitalista.
Se não fosse ele, eu estaria perdido. Entretanto, ele é um chato, inconveniente.
Dá um grande desânimo, uma enorme tristeza, quando chega a sexta-feira, e o primo aparece com a sua esposa.  Um alívio, no final de tarde de domingo, quando o casal vai embora  para Belo Horizonte.

... continua...

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