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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Minha vida não pertence a mim

Minha Vida Só Pertence a Mim

Já não ligo para nada, estou cansado de tudo
Já nem me importo que falem de mim
Tanta indiferença nessa gente que pensa
Que a humanidade é toda ruim
Eu vou vivendo do nada, me lembrando de tudo
O que na vida me aconteceu
Esquecendo o passado, eu vou deixando de lado
Coisa que há muito tempo já morreu
Preciso encontrar alguém que ande no caminho meu
Alguém que possa confiar em mim
Que teve alguém um dia e já perdeu
Eu quero falar de tanta coisa que um dia aprendi
Dizer que existe gente por aí que tem mais culpa do
que eu
Mas eu não ligo para nada, já estou cansado de tudo
Já nem me importo que falem de mim
Eu quero só que essa gente se lembre bem
De repente, que a minha vida só pertence a mim
Pertence a mim, pertence a mim(Paulo Sérgio)

A minha vida não pertence a mim.
Pertence, principalmente, ao destino.
O Senhor Destino é que decide.  Pouco adianta, ou mesmo nada adianta, eu querer certas coisas.
Algumas pessoas invadem meu espaço, fazendo com que minha vida não pertença a mim.

Eu quero uma coisa, o Senhor Destino quer outra.
Pra mim, seria suficiente eu terminar meus dias dentro de casa, sozinho, usando internet e ouvindo música(rock), mas o Senhor Destino não quer isso pra mim.
Além do mais, o Senhor Destino elegeu como a coisa mais importante da vida o dinheiro.
O Senhor Destino vive a criar problemas, não só pra mim, para todos os seres humanos.
E a vida segue aquele ciclo chato, desagradável: problemas são resolvidos; logo em seguida, mais problemas aparecem.
Sem dinheiro, não posso ter um computador novo, usar a internet diariamente, além de ser obrigado a conviver , no meu caso, depender de outra(s) pessoa(s).

Posso até estar errado, mas penso que o Senhor Destino é pirracento, já que não quer me matar.
Poxa, não gosto de quase nada; estou cada vez mais desiludido e desanimado; não convém esquecer que já estou na terceira idade, com quase 61 anos.  Qual a utilidade da minha vida?

A minha vida pertence ao senhor.  Muitos pedem, quase todo mundo, coisas para o senhor.
Isso pode até chocar algumas pessoas, mas peço o final da minha vida.
Bem, pode ser que a vida na Terra seja mesmo uma prisão, daí sou obrigado a cumprir minha pena.
Porém, outra coisa me deixa aborrecido: qual o crime que cometi?
Que eu saiba, todo criminoso sabe o motivo de estar preso e sabe o dia em que será libertado.
Por que eu não posso saber?

Saúde, até o momento o senhor tem me dado.  Agradeço-lhe muito.
Agradeço também por ter me salvado da fome , por ter evitado que eu morasse num abrigo ou na rua, e olha que isso aconteceu duas vezes: em julho de 2015 e em agosto de 2016.
E que sorte, agora, de eu morar num barraco, até espaçoso, sozinho.  Seria terrível eu morar com alguém.
Contudo, sabe que tenho medo de ter um fim parecido com o do meu pai: ser internado num asilo e morrer sob a mesma condição, depois de quatro anos internado.

Senhor Destino, o que quero mesmo é paz, sossego, silêncio.  Parece que estou querendo demais?
A alegria há muito tempo desapareceu da minha vida.
Não tenho rido mais, mas ainda anseio com a paz. Só isso que quero.

Já postei, aqui no blog, sobre a única oração que gosto, a que diz, no começo, "pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus dos nossos inimigos"(gosto é do "livrai-nos dos nossos inimigos).
Entretanto, me lembrei de algo, que nem sei se é bem uma oração; parece ser uma súplica: "Senhor, tende piedade de nós!".  Senhor, tenha pena de mim.

Como eu gostaria que minha vida pertencesse só a mim.
O livre-arbítrio é uma falácia, já que quem manda mesmo é o Senhor Destino.
Afinal, eu quero uma coisa, o Senhor Destino quer outra.

Mais uma vez, digo: Senhor, tenha pena de mim.

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