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segunda-feira, 8 de maio de 2017

Um dos artistas mais excêntricos

Na primeira notícia que escutei a respeito da morte do cantor/ compositor Belchior, fiquei surpreso ao saber que ele vivia como recluso e deu calote na "praça".
E foi na maravilhosa internet que tomei mais conhecimento a respeito da excentricidade do artista.  É, artista e/ ou rico é denominado de excêntrico, se fosse pobre seria chamado é de louco mesmo!

Belchior desapareceu em 2009, abandonou tudo que tinha, exceto a sua mulher, companheira inseparável nos últimos anos de vida do cantor/compositor.
Abandonou seus carros, a casa com diversos pertences , incluindo coleção de discos.
Parou de fazer shows, acumulou dívidas, incluindo pensão para um de seus filhos, fruto de um relacionamento com uma fã e, se não me engano, até a pensão para sua primeira esposa.

Abandonou a carreira, parou de cantar, mas continuou a escrever, compor e pintar.
Não comia carne e nem bebia bebidas alcoólicas.
Era procurado pela polícia, devido a seus calotes.

Não falta quem culpe a sua última mulher, Edna, pelo seu excêntrico comportamento, embora há quem diga que Belchior não era um homem que se influenciava.  Ao que parece , era um idealista, um sujeito nada convencional.

Que eu me lembre, ele foi o único artista a abandonar tudo que tinha e, ao mesmo tempo, dar calote nos outros.

Sua história me lembra a do filósofo grego Diógenes,antes de Cristo, que abandonou tudo o que tinha e se tornou uma espécie de mendigo.

Belchior viveu seus últimos anos de vida, junto com Edna, em casa de amigos, fans, sendo sustentados pelos anfitriões.  Nada como ser artista, não?
Eu tenho passado o maior sufoco, quase me tornando um sem casa, desde 2014.
E o também artista , excêntrico e atípico Raul Seixas, já dizia sobre o privilégio de ser artista, na canção "Super Heróis", "pedi cerveja e convencia ao garçom pra não pagar o tal do casco; ele aceitou , pois sou um astro".

E Belchior, diferentemente de Diógenes e eu, tinha uma inseparável mulher; não era sarcástico; mesmo recluso, era sociável, se interessando por diversos assuntos, diversas coisas.
Não tenho inveja dele ter tido uma fiel companheira, já que gosto mesmo é de viver sozinho.

Quem foi efetiva e praticamente salvador da minha pátria, foi meu primo, que é chato, superficial, inconveniente, um papo super ruim, mas é caridoso.

Falando dele, o caseiro, ontem, pediu aumento de salário. Segundo o caseiro, o primo desconversou...  O caseiro, de fato, ganha pouco demais!
E ainda sugeriu ao primo que me desse mais dinheiro para eu comprar os mantimentos.

Má notícia: o caseiro me revelou que , no começo de junho, num sábado, haverá uma festa junina, na fazenda, que terminará só no final da noite.
Quem dera se eu morresse antes disto.  Só de eu saber de tal festa, meu astral ficou bem mais baixo.

Há oito meses que moro na fazenda do primo. E vamos ver como tudo ficará... se terei paciência com um sujeito , que me sustenta, que me salvou da fome, da falta de um lar, mas é um chato, um porco capitalista; sempre alegre... um bobo alegre! E se ele , mesmo sem eu me desentender com o mesmo, me mandar embora?
O caseiro e sua esposa pensam a mesma coisa do que eu a respeito do primo.

Paradoxos da vida...

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