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terça-feira, 2 de maio de 2017

O vagabundo insiste

Aproveitando o tema "vagabundo", vou fazer uma homenagem ao cantor Jerry Adriani, falecido recentemente.

Ele foi um dos cantores mais galãs da música brasileira, talvez até o maior de todos. Não, Ronnie Von nunca teve o jeito másculo de Jerry Adriani e sua estatura é mais baixa.

Até mesmo minha tia materna, que sendo classe A, não gostava de suas músicas, sentia atração física pelo cantor.
E o homem, segundo Wanderley Cardoso, na sua juventude, era bem mulherengo.

Interessante, é que, no começo da adolescência, eu o achava antipático e metido. Quando  via televisão e Jerry aparecia, eu saía da sala, fazendo questão de dizer o motivo da minha saída...

No final da adolescência, percebi que ele não era nada disso que pensei que fosse.
Eu gostava das suas músicas, e vivia o imitando.  Seu estilo canastrão de cantar era único. Não concordo muito com as comparações com o Renato Russo, o qual nunca gostei,  mas reconheço ter sido um poeta, sendo que suas letras , eram profundas. Apesar de ter gravado boas músicas, não dava mesmo pra levar o Jerry Adriani a sério(rs).

A homenagem é mais pelo fato dele ter gravado duas músicas, no qual fala sobre vagabundo.
O fantasma da mendicância, ainda ronda em mim.  Continuo temeroso de morar num abrigo(ou asilo) , ou ser um mendigo.
Meu primo, que por coincidência, se parecia fisicamente com o Jerry, na juventude, é que tem salvado minha pátria.  Porém, digo mais uma vez, é preferível morrer do que depender dos outros.  Contudo, cadê a morte que não toma uma providência?

Ando em Volta pelo Mundo

"Eu sempre estou caminhando
A minha vida recordando
Vestido como um vagabundo
Eu ando em volta pelo mundo

Só trago mesmo a guitarra
Que tanto pra você toquei
Você que eu tanto adorei
E sem pensar me abandonou

Pois me trocou um certo dia
Por um rapaz rico e famoso, famoso
Mas eu te espero

Penso em você cada segundo
Se do outro alguém você cansar
Em algum canto deste mundo
Você bem pode me encontrar

E sempre só vou caminhando
E minha vida recordando
Vestido como um vagabundo
Caminho só pelo mundo.".

Andarilho Triste

"Estou vagando pela vida
E não sei onde vou chegar
Perdi a fé, quando meu bem
Se foi pra nunca mais voltar

Eu vou seguindo sempre sem destino
Mas tenho esperança
Talvez um dia eu venha encontrar
Quem tanto eu amo para lhe falar
Que não existe um outro alguém assim

Quem sabe nesta estrada que caminho
Eu encontro um dia, o meu amor que me deixou
Levando minha alegria

Eu sei que não me resta
Quase nada mas eu vou seguindo
Esta tristeza vai logo acabar
Se quem eu quero logo encontrar
Para dizer-lhe que não sou feliz

Andarilho triste pela vida
Vou vagando tão sozinho
Mas tenho esperança de encontrar
O meu amor pelo caminho

Andarilho triste mas que tem
Um grande coração no peito
Eu só queria ser feliz
Ao lado de quem tanto amei

Sou um andarilho triste sim, mais sei amar
Estou vagando pela vida
E não sei onde vou chegar
Perdi a fé, quando meu bem
Se foi pra nunca mais voltar
Eu vou seguindo sempre sem destino
Mas tenho esperança
Talvez um dia eu venha encontrar
Quem tanto eu amo para lhe falar
Que não existe um outro alguém assim

Andarilho triste pela vida
Vou vagando tão sozinho
Mas tenho esperança de encontrar
O meu amor pelo caminho"


De quebra, a música que mais gosto e me identifico, com referência a mendigo/vagabundo:

Aqualung(Jenny Anderson)

Sentado em um banco de parque
Olhando as garotinhas com más intenções
Catarro escorrendo de seu nariz
Dedos engordurados ensebando suas roupas surradas
Ei, Aqualung
Secando ao sol frio
Assistindo as calcinhas frescas correrem
Ei, Aqualung
Se sentindo como um pato morto
Cuspindo pedaços da sua sorte arruinada
Oh, Aqualung

O sol cai frio
Um velho vagueia solitário
Matando o tempo do único jeito que ele sabe
A perna doendo muito
Enquanto ele se curva para pegar os restos de um lanche
Ele vai até o pântano e esquenta seus pés

Se sentindo só
O exército está pronto para a cavalgada
Salvação a seu modo e uma xícara de chá
Aqualung, meu amigo
Não comece a ficar intranquilo
Seu pobre e velho tolo, veja, sou só eu

Você ainda se recorda
Da geada nebulosa de dezembro?
Quando o gelo que
Se grudava em sua barba estava
Gritando em agonia
E você lutava pelos seus últimos e desesperados suspiros
Com sons de mergulhador de mares profundos
E as flores desabrochavam
Como loucura na primavera

O sol cai frio
Um velho vagueia solitário
Matando o tempo do único jeito que ele sabe
A perna doendo muito
Enquanto ele se curva para pegar os restos de um lanche
Ele vai até o pântano e esquenta seus pés

Se sentindo só
O exército está pronto para a cavalgada
Salvação a seu modo e
Uma xícara de chá
Aqualung, meu amigo
Não comece a ficar intranquilo
Seu pobre e velho tolo, veja, sou só eu

Não esquecendo do maior hino dos vagabundos:

Não Vou Mais Trabalhar Só Vou Criar Galinha

Eu não vou mais trabalhar
Só vou criar galinha (4x)

Eu dessa vez acerto na loteria
Já cansei de todo dia me vestir pra trabalhar
São 7 horas, 9 horas, qualquer hora
Isso não me importa agora, meu negócio é descansar

Pra mim vai ser domingo todo dia
Pois é essa alegria de todo trabalhador
Além do mais, é assunto que se encerra
Trabalho pra mim é guerra, prefiro fazer amor

Eu não vou mais trabalhar
Só vou criar galinha (4x)



Sou tão vagabundo, que nem  criar galinhas quero(rs)







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