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terça-feira, 31 de outubro de 2017

A bruxa está solta

Ontem, à noite, ouvi, com deleite, o álbum "Tales from Topographic Ocean", do Yes e o álbum do Genesis, "And then There were Three".  Ambos contidos em dois cds de mp3.  Tive os vinis, que foram vendidos entre os 1238 discos que vendi para um lojista.
Alegria por voltar a escutar discos que tanto fizeram a minha cabeça e tristeza por não tê-los mais em vinil.

Tive sorte, porque no finalzinho do disco, começou a chover e a trovejar.
Chuva bem vinda, já que precisamos dela...
Pintou uma goteira entre a cozinha, perto da porta do banheiro. Não posso reclamar, pois mesmo em casa de rico, há goteira, e ela caiu no chão, não em algum objeto da casa.

Novamente, dormi mal.  Rolei e rolei na cama...
Mesmo com a chuva, no término dela, o(s) maldito(s) pernilongo(s) me incomodou. Mais uma vez, me vi obrigado a acender um repelente, e o pernilongo demorou a se afastar.
Graças à "deliciosa" primavera, sapos, num barulho similar a máquinas, me perturbaram.  Antes disto, a poluição sonora foi patrocinada pelas cigarras.

Viva, bem de madrugada, consegui dormir!  Devo ter dormido umas três ou duas horas... já é alguma coisa, não?

Há, mais o Sr Destino é muito bom e viver no campo é prazeroso... logo de manhã, ao abrir uma das janelas, fui premiado com uma caixa de marimbondos.  Destruí a caixa, com uma vassoura, mas os marimbondos voltavam... e assim foi a manhã... A casa estava mais suja do que o normal. Eu insistia em espantar os marimbondos, até que , finalmente, para o deleite, creio eu, do Sr Destino, fui picado por eles.  No punho, no cotovelo e no rosto, bem próximo de um olho.  Tudo inchado...
Ah, já ia me esquecendo, o sabiá, que pensei ter sumido, voltou a me visitar...

Um ano e dois meses morando na fazenda,e, pela primeira vez, pinta uma caixa de marimbondo.

Em dez meses residindo na fazenda do primo, só precisei usar repelente de pernilongos, umas cinco vezes.  De lá pra cá, todos os dias acendo um espiral, para me livrar dos malditos insetos.

Foi a primeira vez, também , que um pássaro invadiu a casa, em plena luz do dia, chegando até a defecar na minha cama.

Durante um ano, não tive problema com o caseiro. Em dois meses, tivemos duas  fortes discussões.

É, mas eu que sou o errado.  Eu, que gosto de confusão, que tenho uma facilidade enorme em não gostar das pessoas... eu que sou exigente, cheio de frescuras, de não me toques, que não gosto nem mesmo do próprio criador da Terra.

Estranho é que já morei em casas/barracões mais precários ainda do que onde moro atualmente.
O barracão, da fazenda anterior, era quase metade menor do que o atual, e eu gostava de viver lá. Passava noites tranquilas... dormia bem...

Eu, que quando trabalhava, não tinha vergonha de carregar e de comer de marmita, como muitos tem.

Eu, que quando morava em casas confortáveis, de classe média, com os meus pais, nunca desfiz de gente mais pobre.  Eu, de pele clara, que sou uma das raríssimas pessoas, no Brasil, que não é racista.

Mas, eu odeio.  Não consigo amar e nem perdoar meus inimigos/desafetos. Quero o mal deles. E, no momento, minha ira está focado no caseiro da fazenda.

Fica o suspense: como será a reação do primo, ao saber do desentendimento entre o caseiro e eu?

Vale lembrar, que há pouco, o primo me falou que só estava ainda com o caseiro na fazenda, pelo fato dele ser muito bom de serviço.
O caseiro é o tal de "pau para toda obra".  Faz  tudo, com rapidez e eficiência, mandado pelo primo.
Reclama que trabalha em excesso e é mal remunerado(isto é verdade).
Volta e meia, fala em pedir demissão.  Não se entende com o J.B., que presta serviços na fazenda(por umas três vezes, notei, que ele desentendeu com o mesmo, chegando a falar comigo que tinha ânsias de puxar o revólver pra ele).
Sua esposa, que é desafeto da mulher do meu primo(as duas não se falam), não está satisfeita na fazenda. 
O primo , também, já foi alvo da ira do irado caseiro.
Ah, há pouco tempo, a polícia foi até a casa do caseiro, porque denunciaram que ele estava escondendo armas de  um traficante. O policial foi acompanhado do meu primo.
Segundo o caseiro, que negou dar guarida para traficantes,a polícia não revistou a casa(!?).
Ainda segundo o caseiro, o traficante é amante de sua irmã(ela é casada-rs), e que ele desconhecia, até então, que o cara era bandido...
Pra piorar a situação, eu o caseiro nos desentendemos feio, com ele afirmando que o ameacei de morte...

Outro grande problema é que posso virar uma espécie de bode expiatório.  Se o caseiro pedir demissão, talvez me culpará pelo fato.  E o próprio primo pode também me culpar.
Mas, jamais me retratarei pelo que fiz,mesmo com minha integridade física correndo risco,mesmo sujeito a diversos tipos de provocações e represálias.
E não é improvável que o primo me expulse da fazenda.

Infelizmente, as coisas só estão piorando... a bruxa está solta!
Não dizem que depois da tempestade, vem a bonança?
Ela não virá pra mim?  Por que?  Até quando?

2 comentários:

  1. Poxa, Roderick... que situação, hein.
    Embora os animais, às vezes, sejam de difícil tratamento... as pessoas são muito piores!

    Beijão!
    Blog: *** Caos ***

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    Respostas
    1. É, Helena. Nesta semana estou mais tranquilo.

      Concordo com vc em parte, já que há tempos , desconfio que pernilongos são piores do que seres humanos.

      Muito obrigado por sua presença.
      Saúde e paz!
      Beijão!

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