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terça-feira, 20 de março de 2018

(Mais Uma) Demissão

A última semana foi péssima; tudo começou a piorar a partir de quarta-feira.
O casal de passarinhos  e mais outros bichos da casa sem forro, continuaram a me atazanar.
Pra piorar, na quarta e na quinta-feira, houve problemas constantes com queda de energia.

Cada vez mais nervoso e irado, decidi ir embora da fazenda.

O primo aparece na sexta-feira.  Como nem sempre me encontro com ele, pedi ao caseiro que o avisasse que queria conversar, já adiantando que eu sairia da fazenda.

No sábado, ao conversar com o primo, ele, de cara, pergunta se tenho algum outro lugar para morar.  Respondo que não, mas que não tolero mais morar numa casa sem forro.
Ele, como de costume, rebate, dizendo que  já morou em casas assim e isto não o incomodava.  Quando eu já ia lhe dar uma resposta, o caseiro surge, o chamando para algo urgente.

Não tivemos contato no domingo.

Ontem, de manhã, o caseiro me procura, revelando que o primo ficou chateado e preocupado, temendo minha sorte, já que não tenho onde morar.  Segundo o caseiro, ele diz que gosta muito de mim, que sou como um irmão pra ele.  O caseiro também falou que o primo pediu que ele me convencesse a não sair da fazenda.

Entre o caseiro e eu não existem mais divergências.  Ele é um bom sujeito.
Porém, ao mesmo tempo que fico satisfeito com a atitude do primo, lamento ele não ter pensado em colocar um forro no local onde moro.  Pra mim, nenhum ser humano merece viver numa casa sem forro, exceto bandidos ou políticos corruptos.

Ao chegar em casa , ontem, quase 18 horas , mal acendi a luz do barraco, e os passarinhos começaram com a algazarra barulhenta.  Fiquei irado, xingando muito, os espantando.
Poucos minutos depois, vi crianças em volta da casa.  Estavam presentes as filhinhas da sobrinha do primo. Fiquei preocupado, com medo delas terem escutado meus gritos.

... continua...

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