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terça-feira, 13 de março de 2018

Não ser levado a sério(segunda parte)

Quem, realmente, não foi e não é levado a sério, sou eu.

Admito que pessoas que me conhecem pouco, podem até me levar a sério, porém , claro, por um tempo muito curto.

E desde a adolescência foi assim: ninguém me levando a sério.
O máximo que eu conseguia era, justamente, o lance que condiz com não ser levado a sério, fazer uns(poucos) rirem com as minhas tiradas, as minhas palhaçadas.
Afinal, imperfeito como sou, fui um comediante bem limitado, polêmico, que desagradava a uns tantos.  E encerrei minha carreira de histrião , há muito tempo!

Será preconceito das pessoas?  Será implicância?

Sou um gênio, pô!  No começo da adolescência, entre os sonhos de ser jogador de futebol, artista, herói, minha maior ambição era ser motorista de ônibus.  Eu adorava os tais coletivos; sabia a marca de cada um; pensava em ônibus como alguma pessoa apaixonada pensa pela sua paixão.

Falei em paixão...  fiquei anos apaixonado por uma menina, um ano mais jovem do que eu, na adolescência.  Ela nem sabia da minha existência(rá rá rá).

Dá pra levar a sério alguém que era fã do cantor do Paulo Sérgio, taxado de cafona e de imitador do Rei Roberto Carlos?  Dá pra levar a sério alguém que tinha ideia fixa pela atriz Raquel Welch?

Como levar a sério um sujeito que trabalhou durante anos como balconista no Mercado Central e em contabilidades como Auxiliar de Pessoal?  E os péssimos anos numa multinacional, como Auxiliar de Escritório, contudo, na realidade, um reles secretário, subalterno, subalterno...

Levar a sério um típico brasileiro medíocre, franzino, feioso, sem assunto, que não gosta de quase nada na vida?  Levar a sério um velho beirando os 62 anos, que vive às custas de seu primo mais velho?  Levar a sério um cara que não consegue andar com suas próprias pernas, que precisa da ajuda alheia?

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