E o retardado um dia se apaixonou por uma prostituta(2)

Um sujeito super ciumento e extremamente possessivo se apaixonar por uma prostituta, é uma verdadeira calamidade.

À partir do momento em que percebi que o vírus da paixão havia me pegado, minha mente entrou em parafuso. Sofri!  Ah, como sofri!

No começo, eu ia vê-la quinzenalmente.  Mas,rapidamente, passei a visitá-la todas as semanas.
Mas, nem sempre a encontrava.  Ela,  às vezes,sumia e quando aparecia novamente, dizia ter tirado umas férias.  E isto tudo aconteceu em três ou quatro meses.

Pra piorar  a situação, ela transava com mulher também, o que nos anos 80, não era muito comum,como hoje é.

Onde já se viu, apaixonar por uma prostituta e ainda ter suspeitas que ela poderia  ser lésbica!

Ela dizia que não gostava de mulher, que antes de ingressar na prostituição,  não havia transado com uma.  Dizia igualmente que era liberal, antes de ser prostituta, "se não eu não aguentaria a barra que aguento aqui".

O imbróglio estava formado, já que mesmo se ela me correspondesse, eu nunca perdoaria o seu  passado de mulher de programa e sempre desconfiaria da sua sexualidade.

A moça dizia adorar coisas como carnaval: "pulo os quatro dias!".

Ela, além de muito bonita(mais uma morena clara), era flexível, estava sempre de bom humor , aparentando ter o gênio bom, ser fácil de lidar.

Nunca assumi com ela meu sentimento, porém não duvido dela ter percebido.

Uma vez, ela bem mais flexível que o normal,  falou que um dia gostaria de sair comigo...
Bem,neste mesmo dia, eu disse que gostaria que ela tivesse outro destino, que a prostituição não era pra ela.  À partir da outra vez, em que transamos, ela não foi mais a mesma.
Pela sua conversa,  acabei por perceber que ela gostava do que fazia e,certamente, percebeu que eu tinha "preconceito" por garotas de programa.

Mesmo sem esperar nada deste relacionamento, com a mente em conflito, sofrendo muito, continuei a ir ao seu encontro, ainda apaixonado.

Um dia, ela me falou que estava sendo despejada do prédio em que morava, o famigerado "Maleta". Perguntou se eu sabia de alguma residência pra se alugar.
Nos dias seguintes, o bocó aqui, ficou lendo jornais e andando pelo (grande) bairro, onde morava, tentando achar um lar para a sua "amada".

Ao voltar a procurá-la, não a encontrei.  Ela havia saído da "Casa de Massagens".  Nunca mais a vi.  Fiquei muito triste com a sua ausência... mas o tempo apagou...

E, falando em tempo, ainda transei com outras "massagistas", por algum tempo... pouco tempo, por sinal.  Não gosto de prostituição, nem de suas profissionais,lógico.
Mas, e se eu tivesse com uma boa grana no bolso, e ao ver uma mulher tipo Monica Belluci, alguém me avisasse que ela seria uma prostituta, eu resistiria à tentação?
Assim  é a raça humana!