No sábado passado, o primo perguntou pra mim quando que eu deixarei a fazenda.
Como eu não encontrei lugar pra morar e nem quem ficasse com as minhas coisas, não sairei mais do lugar, pelo menos por enquanto.
Ao falar com o primo que eu sairia da fazenda, falei também que enquanto eu ficasse lá, não mais rastelaria, limparia o quintal de sua casa.
Aparentemente conformado, ele pediu que o filho do caseiro rastelasse o quintal. O jovem recebeu R$50,00 pelo trabalho, que foi feito no domingo, dia em que o primo e sua esposa deram um almoço, após assassinarem mais um porco..
Pensei bem e cheguei a conclusão que não vivo na fazenda como se fosse de favor, já que rastelo o quintal da casa em todo final de semana e jogo água nas plantas diariamente.
Bom, por rastelar, creio que eu mereceria uns R$200,00 mensalmente... o que gasto com mantimentos, durante um mês, nem chega a R$200,00(é quase isto). Gente que conhece sobre imóvel, me revelou que um aluguel num barraco tipo o que moro, custa, no máximo R$200,00, e eu ainda molho as plantas.
Ah, estava me esquecendo que o primo quis saber quando eu sairia porque "a casa não pode ficar vazia"... ou seja, é bom sempre ter alguém, até mesmo para dar mais segurança, no tocante a furtos e roubos. Portanto, sou útil. E ele ainda falou que se eu quiser posso continuar na fazenda sem limpar/rastelar o quintal(ele,logicamente, pagaria a alguém por isto).
Apesar de eu detestar tal serviço, respondi que continuaria a rastelar, já que se fico sem jeito de pedir dinheiro a ele, para comprar mantimentos, mesmo tendo tarefas, imagine como eu ficaria sem ter nada a fazer na fazenda...
Continuo detestando morar lá, principalmente pelo fato do barraco não ter forro.
Nunca senti tanto frio na vida!
Na verdade, praticamente tudo na fazenda tem me irritado.
A vontade de praticar o auto-extermínio só aumenta. A vontade de sumir é grande.
Não gosto da pessoa do meu primo,nem de sua esposa, nem de uma das suas irmãs, que teve o descaramento de dizer na minha cara, sem discutirmos, naturalmente, que sou doente... isto, doente da cabeça. Lhe respondi contestando, mas adianta?
Quem me leva a sério? Na cidade interiorana, não tem mendigo. Acredito que sou a pessoa mais pobre, numa cidade de 12.000 habitantes. Quem me levará a sério?
E vamos ver como o primo me tratará à partir de agora. Ele e sua antipática e autoritária mulher... Às vezes penso que vou sair de lá brigando... sendo provável que o primo acabe correndo comigo... Tenho que ter coragem de enfrentar a fome e a falta de moradia.
Abaixar a cabeça, me humilhar, isto eu não faço. Tenho amor próprio!
Como eu não encontrei lugar pra morar e nem quem ficasse com as minhas coisas, não sairei mais do lugar, pelo menos por enquanto.
Ao falar com o primo que eu sairia da fazenda, falei também que enquanto eu ficasse lá, não mais rastelaria, limparia o quintal de sua casa.
Aparentemente conformado, ele pediu que o filho do caseiro rastelasse o quintal. O jovem recebeu R$50,00 pelo trabalho, que foi feito no domingo, dia em que o primo e sua esposa deram um almoço, após assassinarem mais um porco..
Pensei bem e cheguei a conclusão que não vivo na fazenda como se fosse de favor, já que rastelo o quintal da casa em todo final de semana e jogo água nas plantas diariamente.
Bom, por rastelar, creio que eu mereceria uns R$200,00 mensalmente... o que gasto com mantimentos, durante um mês, nem chega a R$200,00(é quase isto). Gente que conhece sobre imóvel, me revelou que um aluguel num barraco tipo o que moro, custa, no máximo R$200,00, e eu ainda molho as plantas.
Ah, estava me esquecendo que o primo quis saber quando eu sairia porque "a casa não pode ficar vazia"... ou seja, é bom sempre ter alguém, até mesmo para dar mais segurança, no tocante a furtos e roubos. Portanto, sou útil. E ele ainda falou que se eu quiser posso continuar na fazenda sem limpar/rastelar o quintal(ele,logicamente, pagaria a alguém por isto).
Apesar de eu detestar tal serviço, respondi que continuaria a rastelar, já que se fico sem jeito de pedir dinheiro a ele, para comprar mantimentos, mesmo tendo tarefas, imagine como eu ficaria sem ter nada a fazer na fazenda...
Continuo detestando morar lá, principalmente pelo fato do barraco não ter forro.
Nunca senti tanto frio na vida!
Na verdade, praticamente tudo na fazenda tem me irritado.
A vontade de praticar o auto-extermínio só aumenta. A vontade de sumir é grande.
Não gosto da pessoa do meu primo,nem de sua esposa, nem de uma das suas irmãs, que teve o descaramento de dizer na minha cara, sem discutirmos, naturalmente, que sou doente... isto, doente da cabeça. Lhe respondi contestando, mas adianta?
Quem me leva a sério? Na cidade interiorana, não tem mendigo. Acredito que sou a pessoa mais pobre, numa cidade de 12.000 habitantes. Quem me levará a sério?
E vamos ver como o primo me tratará à partir de agora. Ele e sua antipática e autoritária mulher... Às vezes penso que vou sair de lá brigando... sendo provável que o primo acabe correndo comigo... Tenho que ter coragem de enfrentar a fome e a falta de moradia.
Abaixar a cabeça, me humilhar, isto eu não faço. Tenho amor próprio!
Boa noite meu amigo
ResponderExcluirAs vezes as coisas ficam tão ruim não é meu amigo.Mas agir de cabeça quente é pior ainda. Você tomou uma atitude matura no meu ponto de vista. Ruim ai e fora como seja ? Que Deus lhe força e animo para conseguir esperar o seu dia de partir. Ate la procure distrair a mente. Estou passando por momentos terríveis. E tentando nem pensar, para não enlouquecer. Lhe desejo dia a dias de mais paz. Enorme abraço.
É Mirtez, acompanho bem o seu drama.
ExcluirComo vc falou vc e eu lutamos há anos, cada um a seu modo, com sua dor.
Penso que estamos precisando de descanso.
Saúde e paz!
Muito obrigado por sua mensagem.