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domingo, 20 de julho de 2014

A Maior Decepção da Minha Vida(última parte)








Se antes de conhecê-la, eu já estava pra baixo, claro que piorei muito depois do que houve entre nós. Isso me gerou uma crise existencial sem precedentes.
Pode ser ridículo, patético, mas fiquei bem mal mesmo!
Se eu morasse sozinho, na época, seria um atenuante, se eu não trabalhasse, idem, mas eu morava com meus pais e meu irmão , eu trabalhava numa firma a qual detestava. Eu não queria ver ninguém , naquela ocasião, queria estar sozinho, no entanto, era obrigado a conviver com os outros.Me sentia um lixo!

Tive vontade de me matar. Só não fiz isso pelo fato de naquele tempo ser espírita... segundo a doutrina, o destino de um suicida é terrível!  Descartado o suicídio, tive vontade de bater nela, até mesmo matá-la. A que ponto  cheguei... não sou do tipo de homem que agride fisicamente uma mulher.

Contei o caso para algumas pessoas, que me foram solidárias. Um colega de serviço, um sujeito gente boa, cabeça, anti-machista, que criticava o meu lado possessivo, me deu muita força, mas disse que o mundo é grande, que existem muitas e muitas coisas, mas eu me fixei nela, na E.E., meu mundo era só ela, então...
Uma senhora, ao contar o caso, disse: e vc não bateu nela? Deveria ter batido".rs.
Um primo: "vc já deve ter percebido que ela não vale nada, não é?". Seu irmão: "se existe uma pessoa que eu não gostaria de conhecer, seria ela".

Indignado, redigi uma carta pra ela. Não mandei pelo correio. Pedi a um colega de serviço, o qual não comentei meu caso com ela, mas comentei com um de seus companheiros da seção. Ele era vizinho da E.E.. Eu coloquei como remetente, um nome feminino, para não despertar suspeitas no companheiro dela. Até hoje tenho dúvidas se ele entregou ou não a carta ao porteiro do prédio em que ela morava. Na carta, a agredi muito, muito mesmo!

Á partir daí, em todo ano, quando pintava um catálogo telefônico novo, eu olhava, querendo saber sobre a E.E.. O telefone estava no nome do companheiro dela.

Tempos depois, o casal mudou para o bairro Padre Eustáquio, bairro tradicional, aconchegante, de BH(já morei nele). Eu morava com a minha avó, desde o final de 1992, depois da separação dos meus pais, no bairro Calafate e, por coincidência, eu estava a frequentar um bar no Padre Eustáquio, que era perto do Calafate. Quando fiquei sabendo que a E. morava no bairro, eu fazia questão de passar em frente ao seu apartamento.

Num sábado, quando eu estava no bar, perto da porta, tive a impressão que foi ela que passou, acompanhada de um homem e de uma criança. Ela fez um cara muito ruim ao me ver... Pouco tempo depois, ela mudou para outro prédio, num bairro perto do centro de BH.

Ainda morando com a minha avó, um dia, aproveitando que ela não estava em casa, telefonei para o apartamento, curioso para saber se o L.C.(o companheiro da E.E.) ainda vivia com ela. Era umas 9 horas da manhã. Eu mudei minha voz, que ficou tipo uma voz de peão, de pessoa iletrada... Uma voz feminina atendeu... eu falei, gostaria de falar com o L.... ela , rindo, disse que ele estava dormindo. Perguntou se eu queria deixar algum recado. Falei que não, me identificando como Zé Carlos. Ela, estranhando: "O quê?". Eu, o Zé Carlos, da Denise... depois eu telefono de novo. Perguntei: quem está falando: ela: "a E.". A voz dela não era mais a mesma. Estava desgastada, feia, voz de velha. Por isso que perguntei...

E mesmo neste século, quando eu morava com minha mãe e seu companheiro, eu passava em frente, algumas vezes, pelo prédio no qual ela morava.

Um dia, na famosa Praça da Liberdade, uma mulher, ao passar por mim, me olhou com muito ódio. Foi tudo rápido... aí pensei, é a E.. Estava feia, super envelhecida...

Uma psicóloga me falou: seu amor por ela, se transformou em ódio.

Fico , até hoje, indagando: por que tanta mentira? Qual o propósito? Ela não levou vantagem alguma comigo. Ela nunca se insinuou, parecendo querer me seduzir. Por que mentir até a respeito do seu estado civil, o local onde mora? E ainda ficou , ou está, sei lá, casada por mais de vinte anos com o mesmo homem... O que este homem  tem na cabeça por viver tanto tempo com uma mulher assim?

E como eu pude ser tão trouxa, pude me envolver tanto, me entregando em demasia? Um idiota apaixonado... fraco!

Não, não, não sou esquizofrênico. Não deliro, e, diferentemente, do que a minha última paixão pensa, não difamo as pessoas. Já levei foras, já fui rejeitado, mas jamais eu difamaria as que me chutaram. Algumas são pessoas boas, que simplesmente não me quiseram mais ou nunca me quiseram, mas têm caráter.

A maior decepção da minha vida: E.E.; a segunda maior decepção da minha vida: minha avó materna; a terceira: o primo J., o qual considerei meu melhor amigo; a quarta: a minha paixão virtual, a maior paixão da minha vida, que se tornou também a minha maior decepção virtual.




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