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domingo, 6 de julho de 2014

Um Papo Com Um Sábio

"Amizades São como Casamento

É por isso que nem todo casamento dá certo".

Ela, no começo da nossa "amizade", quando ainda não havia rolado a paixão, me revelou que os homens se aproximavam dela com muita facilidade, e com a mesma facilidade, se afastavam... e completou: "tenho que descobrir aonde está o problema, se é em mim ou nos homensrs". Pouco tempo depois, ela parece ter descoberto aonde estava o problema: era nos homens, que querem uma mulher submissa, que seja adestrada por eles(assim ela disse).

Pior que comigo , não diria que é igual com ela, mas já aconteceu sim, com amizades então nem se fala. Um tanto de pessoas,no começo do contato, parecia gostar de mim, me admirar... em questão de tempo, pouco tempo até, a admiração se esvaia...

Desde quando eu tinha meus pouco mais de vinte anos, já havia notado que não passo coisas boas para as pessoas. Ao dizer isso para dois primos, irmãos, na época amigos confidentes, eles falaram que eu não deveria me importar com isso e se importar só comigo. Simplórios, não?

Ingenuamente, ou até , quem sabe, por uma questão de esquecimento, voltei a me interagir com as pessoas, com mais frequência, só que foi no campo virtual. Eu, que sou uma pessoa, havia me esquecido que não me dou bem com outras pessoas, daí, foi um verdadeiro desastre meus contatos, minhas "amizades" virtuais.

Como já falei, a única , creio eu , que posso dizer, até o momento, que é minha amiga virtual , é a G.T., um remanescente dos tempos do Orkut. Mas, não somos íntimos, não somos confidentes. Trocamos poucos e-mails, só isso. Mas, ela, até o momento, lembra-se de mim, procura saber como estou. E isso me deixa satisfeito. E ela está com sérios problemas, já há muito tempo. Que a sorte a ajude, para que ela fique em paz.

E o maior desastre, no âmbito virtual , foi eu ter me envolvido sentimentalmente com uma mulher.
Caí numa das maiores ciladas da vida. E mesmo com o fim de tudo, não consigo esquecer, não consigo me conformar.
Até mesmo pelo fato do caso ter durado anos. Antes disso, tudo na minha vida, no tocante a contato humano-incluindo meus empregos- durou pouco(exceto os mais de três anos em que trabalhei numa multinacional e o louco casamento com a minha mulher, cheio de idas e vindas- mas eu não a levava a sério, desde pouco tempo de união).

O mundo virtual aguça minha curiosidade, tanto que já procurei por ex minhas, ex-colegas, ex-amigos, e só encontrei a T., que foi uma forte paixão da adolescência. E só a encontrei por saber seu nome completo, de solteira, e também pelo fato de seu irmão mais novo ter perfil virtual(ela não tem). Vi um vídeo, que comemorava os 80 anos de sua mãe. Ela, a T., não está mais bonita como antes, mas está  conservada, ainda mais pela idade que tem(é um ano mais nova do que eu). E ela era a mais sorridente da festa... Impressionante como eu tive a capacidade de só me envolver com mulher dada, excessivamente comunicativa! Não tive contato com ela, que está casada, tem três filhos e três netos.

E a curiosidade, me faz ir ao encalço da LL. Há pouco mais de um mês, criei um perfil no Facebook só para saber se ela ainda vive(só eu vejo meu perfil). Ela, que estranhamente se afastou da blogosfera, está ativa no Facebook. Não olho o perfil dela diariamente, já que não me sinto bem em fazê-lo, mas, vez ou outra, pinta a curiosidade, como hoje, por exemplo.

Creio que eu só esqueceria disso se parasse de usar computador. No entanto, não consigo mais viver sem internet. E se eu parar de usar o pc, o que vou fazer o dia inteiro? Nem televisão eu tenho. A maioria dos meus vinis foram vendidos.

E, praticamente, tenho certeza que ela não acompanha mais meus passos no mundo virtual. Foi um fracasso meu caso com ela, foi uma grande derrota que sofri, uma perda indelével. 

A saudade dos meus discos, a inconformação por tê-los perdido é enorme! Outra perda indelével. Na verdade, pode-se dizer que ao perder os discos, perdi a coisa de maior valor na minha vida, uma coisa que me acompanhou por uns 38 anos, me dando muito prazer, prazer que nenhum ser humano vivo ou morto, conseguiu me dar.

Pra piorar mais a situação, creio que, nesta semana que passou, perdi uma amiga. Bom, pelo menos pensei ser minha amiga, uma amiga virtual(esta até que era confidente).

Ah, um conhecido, o qual conheço há dois anos e já fizemos transações com discos, tem aparentado ser meu amigo. Costumamos trocar e-mails. E ele me convidou para que em breve fossemos num bar.

Meu dinheiro durará por alguns meses apenas, sendo que agora não tenho mais os discos, não tenho mais nada que possa vender... sarjeta, asilo ou morte!

Que mundo é este? Na frase de Lao Tsé, ele diz que o sábio não se elogia. É isso, e o mundo carece de sábios. Como tem gente que se elogia: "sou linda(o)", "sou inteligente", "sou esperto(a)". Uma coisa que eu admirava muito na minha mãe, era que ela gostava muito de gente modesta/humilde. E hoje existe isso? O mundo virtual mesmo está cheio de gente que se acha.

Estou precisando de uma palavra amiga, estou precisando conversar com um sábio. Mas, teria que ser alguém, um ser especial, de outro planeta, outra dimensão. Gostaria que ele me explicasse o pq que eu perco tanto, o motivo de eu não me dar bem com os outros, a razão para eu nunca conseguir acertar, sempre errando, a resposta para a questão de eu ser tão triste e inconformado, de sempre estar na contramão, de sempre me sentir deslocado, por não gostar de quase nada na vida, por ter perdido tanto tempo, por não ter simpatia algum com a vida neste planeta, por ter vontade de morrer, mas sem coragem para me matar, o pq de eu ser tão nervoso e estar cada vez mais ranzinza, explicar o motivo da minha incapacidade de ganhar dinheiro, de me mover com as minhas próprias pernas, o pq que tentei e tentei ser bom, mas não consegui. Estou cansado de ter fama de genioso , de pessoa difícil.

Continuo sendo mais eu do que os outros, mas estou enfarado de me sentir deslocado.
Quero partir, para o Nada ou para um mundo novo, um bom mundo, bem diferente deste em que vivo.
Não consigo ser bom. Não consigo fazer melhor do que faço. Duvido que eu um dia mude.

Agora é tocar o barco com a eterna lembrança amarga da LL e dos meus discos, até que a morte, certamente em breve, chegue.










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