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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A Morte de Um Tio(3)


Tio M era bem remunerado. Se vestia muito bem. Usava perfumes caros. Teve seus carros. Mas, era um perdulário. Na minha adolescência, era falado que ele vivia endividado. Não sei se chegou a ter o nome sujo...

Apesar de ser baixinho e até um pouco gordo, ele fazia sucesso com as mulheres. Ele não era feio não.
Até há poucos anos atrás, tinha como um companheiro, de longos e longos tempos, um vasto bigode.

Era um mulherengo. Teve várias mulheres, durante sua existência. O ex-companheiro da minha mãe, chegou até a apelidá-lo de "Pinto Doce"(rs). Era infiel.

Não éramos muito íntimos, até mesmo porque grande parte da sua vida, ele morou  fora de Belo Horizonte, sempre como Encarregado de Obras. Mas, que eu saiba, entre tantas mulheres que teve, só se apaixonou por uma, a I, a qual ele namorou e noivou por anos. Ela era muito bonita; loura, fazia lembrar a Vera Fisher. Pra mim, até mais bonita que a famosa atriz. Mas, não tinha os olhos claros e era mais magra.

Era muito falado, muitos percebiam, que a I não gostava do meu tio... parecia até que tinha uma certa antipatia dele. Tudo indicava, o manjado "golpe do baú". Minha avó materna, até alertava o tio M, que não acreditava nas suspeitas...

Um dia, aconteceu o que costuma ser comum acontecer: meu tio tinha viajado e voltou mais cedo do que o esperado. Flagrou sua noiva com outro, na casa dela. A justificativa da I foi que queria ter certeza se gostava ou não dele. Ele: "pô, depois de tantos e tantos anos, vc ainda tinha dúvidas!". Ele ficou tão pra baixo, que precisou de um profissional da psique.

Se casou nos anos 70, com uma morena, a G. Ela era bem morena, cor tipo marrom, de cabelos longos, pretos, lisos, escorridos, de traços delicados. Não era feia, mas não era vaidosa, era bem simples.
Tiveram um casal de filhos. Ela, não aguentando as galinhagens dele, pediu a separação.

Numa cidade do interior das Minas Gerais, o tio M fez feio ao se envolver com a mulher de um amigo dele, um médico. Os três, ao jogar baralho, e o titio e a mulher do médico relando os pés, debaixo da mesa...
A cidade inteira já sabia do adultério, até que o marido, como de costume, o último a saber, tomou conhecimento da traição.

Meu tio , juntou os panos com a adúltera, que era uma mulher bonita. Tiveram um filho.
O casal não foi feliz. Se separaram.

E tio M seguiu com a sua saga com a mulherada...

...continua...





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