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terça-feira, 7 de outubro de 2014

De Companhia Com A Calmaria


Tenho estado mais tranquilo. Estou numa maré de tranquilidade.

Cometi duas atitudes infelizes, em agosto e no mês passado, ao ir armado com uma faca grande de cozinha, na casa de um vizinho , que promovia poluição sonora, e ter xingado, impiedosamente, o lojista que comprou meus discos, respectivamente.

A vida é imprevisível, cheia de perigos... temos de enfrentar a natureza, o destino, as pessoas e até a nós mesmos... uma eterna e incansável luta, que tudo indica terminar com a morte, ficando provado, como diz o músico David Gilmour, que nada do que plantamos colheremos.

Tento corrigir meus erros, me ato-domar , principalmente, nem diria controlar, mas eliminar minha ira, mas é difícil, e como! É quase impossível não esquentar a cabeça e se livrar dos maus pensamentos.

Mas, nas minhas saídas de casa costumeiras, tudo tem estado tranquilo, sem aborrecimentos. Há dois meses que não sou vítima de poluição sonora, minha saúde continua boa; estou sem problemas no meu lar.

A perda da minha amada, ainda mexe comigo. Porém, paixões causam muitos transtornos, e, apesar do vazio com o fim de um romance, há uma sensação de liberdade, da eliminação de um peso.
Ficaram as lembranças, tristes lembranças. Ficou uma decepção indelével; decepção que, creio que levarei para o caixão(rimou, hein?).

Contudo, esta mente que pensa e que faz muitas burradas, não consegue parar de divagar, de questionar, de pensar no futuro. Tudo calmo demais... espero não vir chumbo grosso por aí!

A perda da Copa, pela Seleção Brasileira, foi um ótimo acontecimento. Aposto que se o Brasil ganhasse,até hoje, estariam comemorando.rs.

A morte do meu estimado tio materno, falecido há dois meses, foi uma péssima notícia. Não obstante, procuro ser realista. Ele faria 69 anos, em agosto. Conservado, animado, alegre, sociável... No entanto, antes morrer com disposição e lúcido do que sofrer com a velhice, com incontáveis problemas corpóreos. Em questão de menos de meia hora, um infarto terminou com a sua vida. Ele nem precisou ser hospitalizado.

Compreendo a dor de sua viúva e de seus três filhos, mas temos de ser realista, todo mundo um dia vai morrer. Ele viveu o bastante e curtiu bem a vida. Era intenso!

E as contradições da vida são enormes mesmo! Quem deveria morrer, seria eu. Não me acho pior do que meu tio, o que penso é que não tenho achado mais graça nas coisas. Nada tenho e não tenho ninguém. Até que é bom não termos nada, não termos ninguém. Ideal é ter só o essencial, já que neste mundo nada fica, tudo é ilusório. No meu enterro, irão menos de dez pessoas, talvez até menos de cinco... ou, quem sabe, não irá ninguém?rs

Tudo já começa errado na concepção, depois de um ato sexual em que o casal geme, até mesmo suando... Não é à toa que a dor do parto é a pior que existe, e o infeliz do bebê já nasce chorando.

Ah, como eu queria conhecer um mundo novo! Mesmo um pessimista contumaz como eu, gostaria de viver num mundo diferente. A prisão, chamada Terra, não muda. Nada muda!
Como seria bom um mundo sem prisões, hospitais, doentes, bandidos, médicos, enfermeiros,  policiais, farmacêuticos,festas, danças, churrascos, botecos, novelas, futebol, filmes, carros, sem as mesmas quatro estações, sem datas festivas... Como seria bom um mundo que tivesse sentido, no qual encontraríamos a felicidade e a paz!

Seria um mundo morto, não? Somos tão limitados, que só conhecemos este...

Bem, por hoje, chega de divagações. Mas,que a calmaria continue em minha companhia.

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