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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Minha Querida Tia Materna(1)



Dos cinco filhos que a minha avó materna teve, creio que sua filha caçula seja a única que está viva.
Digo isso, pelo fato do filho número dois, ter rompido com a minha avó muitos anos antes dela morrer. Motivo do rompimento: o comportamento mundano e interesseiro da minha avó. Ele, que mora numa cidade do interior das Minas Gerais, se estiver vivo, deve estar com 80 anos ou quase isso.

Pode se dizer que a minha querida tia materna, foi a única dos filhos, criada pela minha avó.

Os filhos números um e dois, foram criados pelo pai, no interior de meninos, depois que o marido da minha avó pegou-a no flagra com um famosíssimo político brasileiro, que era seu patrão.
Os dois, na realidade, só conheceram minha avó, já adultos, se não me falha a memória em 1966.

O filho número três é minha saudosa mãe, fruto de um caso que minha avó teve com um homem numa outra cidade das Minas Gerais. Fugindo dele, temendo que ele fizesse algo contra ela, já que meu avô descobriu suas "escapadas", ela o denunciou a um delegado(suspeitas que ela teve um caso com o delegado-rs), que o trancafiou na delegacia, por umas 24 horas. E meu avô era um homem de bem. De nada adiantou a praga que ele mandou nela, de que a minha avó haveria ainda de ser assassinada. Ela morreu aos 85 anos, de parada cardíaca, dormindo.
Quando minha mãe ainda era menina, minha avó a colocou num colégio interno. E minha infeliz progenitora só saiu do colégio de freiras, aos 15 anos para se casar...

O filho número quatro é o que morreu ano passado, de infarto, com 69 anos incompletos. Minha avó, quando ele era criança, o deixava com muita frequência na casa de uma vizinha, que, praticamente, acabou o criando... com o tempo, ele passou a morar na casa da vizinha...

E a felizarda da minha tia viveu com a minha avó até o dia do seu casamento.
Disparadamente, a caçulinha era a filha predileta da minha abnegada avó. Tudo girava em torno dela, que recebia presentes maravilhosos, carinhos... e os outros? deixados de lado, claro, e a que mais sofreu com isso foi minha mãe, uma mulher amorosa, sensível, uma filha submissa, sempre explorada e maltratada pela minha avó.

Não era incomum eu presenciar a minha tia fazer uns chamegos na minha avó, que dizia: "você deve estar querendo alguma coisa...", e , de fato, minha tia, quando agia assim, queria ganhar algo,e acabava ganhando.

Estudou num dos melhores colégios de BH. Há poucos anos atrás, confessou à minha mãe que tinha vergonha de morar num barracão( a doida da minha avó, alugava a casa maior, que ficava do lado, e morava no barracão com a minha tia-rs).

Claro que minha avó foi contra o casamento, mesmo o noivo sendo gente muito boa e tendo muita grana, afinal, minha avó iria perder a companhia da sua tão amada filha. Pouco importava para minha avó se a minha tia estava feliz em se casar com um homem, que ela parece ter tanto amado.

... continua...

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