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domingo, 22 de março de 2015

Leila Lopes, Wendy O. Williams e George Sanders

O que a atriz global Leila Lopes,  a cantora roqueira Wendy O.Williams e o ator hollywoodiano George Sanders têm em comum?
Os três se mataram. E as cartas de despedida que deixaram, me tocaram muito.

Leila Lopes se suicidou com 50 anos. A tranquilidade dela, exposta na carta de despedida, é uma coisa impressionante. Não deve faltar quem diria que ela estava louca, ou até mesmo possuída pelo demônio. Mas, a atriz aparentava muita serenidade. Segundo seu relato, teve uma vida boa, fez parte de uma família feliz. Não estava com problemas financeiros. Disse que era uma mulher batalhadora, que venceu na vida. E acreditava que com sua morte iria encontrar Deus... torcendo para ver sua mãe no além.

Me tocou muito também ela ter dito que estava cansada. Cansada até de pagar suas contas. Muito me identifico com isso, pois entre os meus cansaços, ando de saco cheio de pagar , , poupar, economizar, de fazer compras... Leila revelou que não queria envelhecer, que não queria ficar doente e sofrendo, como sua mãe sofreu. Concordo plenamente com ela.

"Eu quero paz", ela disse. Ah, como quero isso também! Mas, como ter paz num mundo como esse?

Falando dos amigos que teve, bendizendo-os , da sua família, que ela tanto adorava, sempre citando Deus, ela encerra a carta assim: "Se existe sentimento maior que o amor, eu desconheço".
Neste ponto, não concordo com ela(rs).

Wendy O. Williams se matou com 48 anos(49 anos incompletos). Ela nasceu no dia 28 de maio; eu nasci no dia 29 do mesmo mês.

Exótica, anarquista, totalmente fora dos padrões convencionais, assim era Wendy. Exibia voluptuosidade e nudez. Teve problemas com a justiça inglesa , devido seu comportamento nada ortodoxo.

Apesar do exibicionismo, Wendy não era por bem dizer uma mulher vulgar. Vegetariana, ela lutava pela causa dos animais. Ficou casada durante anos com o produtor da sua banda de rock, Plasmatics.

Se matou com um tiro na nuca(será?!).
Eis a carta que ela deixou... muito realista, penso eu:

"Eu não acho que as pessoas devem tirar sua própria vida sem uma profunda reflexão por um considerável período de tempo. Entretanto, eu acredito piamente que todos tem o direito de fazer isso em uma sociedade livre. Para mim, o mundo não faz sentido, mas meus sentimentos a respeito do que eu estou fazendo tocam alto e limpo para o interior de um ouvido e um lugar onde onde eu não estou, há apenas a calma."

"Para mim , o mundo não faz sentido". Concordo plenamente.

O conceituado ator George Sanders, se matou com 65 anos(66 anos incompleto).

Quando jovem , ele falou com o também ator David Niven, que iria se matar, quando envelhecesse. Que homem porreta! Cumpriu a promessa.

Considerado um ótimo ator, um homem bem elegante, aparentando requintado, Sanders era um sujeito rude. Se casou quatro vezes. Não teve filhos. Na internet, alguns dizem que ele era homossexual, mas não acredito nisso. Machista, ele desprezava as mulheres. Uma de suas esposas chegou a dizer que Sanders não era um cavalheiro. Em sua auto-biografia , ele revela que era, realmente, um homem rude, que não era uma pessoa legal...

Sua carta de despedida, foi a que mais gostei. Sublime! Realista e sarcástico!
"Querido mundo, estou te deixando, porque estou entediado. Sinto que já vivi o suficiente. Deixo-te com suas preocupações idiotas. Boa sorte!"

Bem, o homem rude foi até gentil, não?rs. Impossível ser mais realista...

É preciso ter calma, serenidade... e coragem...

9 comentários:

  1. Boa noite Roderick
    Acho que é coragem sim tirar a propria vida, muita coragem. Quem sou eu para julgar essas pessoas que optaram a tirar a propria vida, eles deveriam esta não só cansados, mas infelizes. Infelizmente não acharam uma luz para clarear a dor emocional que estavam sentindo. Meu amigo venho aqui menos do que gostaria,mas lembre-se do que precisar de mim estou a sua disposição. Amigos meus ficam no meu coraçao e com certeza você é um deles. Uma linda semana.
    Um forte abraço.

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  2. Oi, Mirtes.

    Muito, mas muito obrigado!

    Você é uma pessoa muito legal!

    Saúde, paz e sucesso!
    Uma linda semana para vc também.
    Beijos

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  3. Olá, Roderick! Faz tempo que não venho aqui e voltei hoje para dar uma olhadela e vi que você ainda continua com seus instintos autodestrutivos. Você sabe que também sou uma crítica contumaz de nossa existência aqui, mas diferentemente de ti, não tenho vontade de me destruir, até porque creio que a razão dessa vida é nos "escolarizar", nos fazer evoluir, algo que só acontece através das provas da própria existência e das reflexões que isso traz/gera. Ou seja, o sofrimento estimula o ensino, por isso não acredito em crescimento espiritual num mundo onde não haja males e provações. Veja este texto a seguir sobre suicídio segundo o Kardecismo (por isso não creio ser o suicídio uma boa saída, pela própria incerteza do outro lado, mesmo para nós céticos):

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    1. Bom te ver aqui, Aurora. Respeito sua opinião, mas não concordo. Já fui espírita. Não sou mais.

      Grato pelos comentários.
      Abraços

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  4. Suicídio visto pelo Espiritismo

    O suicídio é a interrupção da vida (óbvio). Mas nesta frase se encontra a chave de todo o drama que o suicida passa após a morte. Assim como o mais avançado dos robôs, ou um simples radinho de pilha, o corpo também tem sua bateria, e um tempo de vida útil baseado nessa carga. De acordo com nossos planos (traçados do "outro lado") teremos uma carga xis de energia, que pode ser ampliada se assim for necessário. Então, um atentado contra a vida não é um atentado exatamente contra Deus, mas contra todos os seus amigos, mentores e engenheiros espirituais que planejaram sua encarnação nos mínimos detalhes, e contra a própria energia Divina que foi "emprestada" para animar seu veículo físico de manifestação: seu corpo.

    Equivale aos EUA gastarem bilhões pra mandar um homem a Marte, e quando ele estivesse lá resolvesse voltar porque ficou com medo ou sentiu saudades de casa. Todos os cientistas envolvidos na missão ficarão furiosos, e com razão. Afinal, quando ele se candidatou para a missão estava assumindo todos os riscos, com todos os ônus e bônus decorrentes de um empreendimento desse tamanho. Quando esse astronauta voltar à Terra vai ter trabalho até pra conseguir emprego de gari.

    É mais ou menos assim no plano espiritual. Um suicida nunca volta pra Terra em condições melhores do que estava antes de cometer o autocídio.

    Segundo Allan Kardec, codificador do espiritismo, há as conseqüências que são comuns a todos os casos de morte violenta -- as que decorrem da interrupção brusca da vida [morte violenta é para casos em que a morte é por dívida cármica, e já prevista, como em acidentes. nesses casos sempre há uma equipe de amparadores para fazer o 'desligamento' do corpo e a dispersão das energias densas. Os suicidas não contam, obviamente, com esse amparo, pois seria assim um incentivo à prática do suicídio, não havendo assim aprendizado com o erro.].

    Observa-se a persistência mais prolongada e mais tenaz do laço que liga o Espírito ao corpo, porque este laço está quase sempre em todo o vigor no momento em que foi rompido (na morte natural ele enfraquece gradualmente e, às vezes, se desata antes mesmo da extinção completa da vida). As conseqüências desse estado de coisas são o prolongamento do estado de perturbação, seguido da ilusão que, durante um tempo mais ou menos longo, faz o Espírito acreditar que ainda se encontra no mundo dos vivos. A afinidade que persiste entre o Espírito e o corpo produz, em alguns suicidas, uma espécie de recuperação do estado do corpo sobre o espírito (ou seja, o espírito ainda sente, de certa forma, as ações que o corpo sofre), que assim se ressente dos efeitos da decomposição, experimentando uma sensação cheia de angústias e de horror. Este estado pode persistir tão longamente quanto tivesse de durar a vida que foi interrompida.

    Assim é que certos Espíritos, que foram muito desgraçados na Terra, disseram ter-se suicidado na existência precedente e submetido voluntariamente a novas provas, para tentarem suportá-las com mais resignação. Em alguns, verifica-se uma espécie de ligação à matéria, de que inutilmente procuram desembaraçar-se, a fim de voarem para mundos melhores, cujo acesso, porém, se lhes conserva interditado. A maior parte deles sofre o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois que só decepções encontram".

    (continua)

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  5. Algumas máximas do espiritismo para o caso de suicídio:

    -- As penas são proporcionais à consciência que o culpado tem das faltas que comete.

    -- Não se pode chamar de suicida aquele que devidamente se expõe à morte para salvar o seu semelhante.

    -- O louco que se mata não sabe o que faz.

    -- As mulheres que, em certos países, voluntariamente se matam sobre os corpos de seus maridos, obedecem a um preconceito, e geralmente o fazem mais pela força do que pela própria vontade. Acreditam cumprir um dever, o que não é característica do suicídio. Encontram desculpa na nulidade moral que as caracteriza, em a sua maioria, e na ignorância em que se acham.

    -- Os que hajam conduzido/induzido alguém a se matar terão de responder por assassinato, perante as Leis de Deus.

    -- Aquele que se suicida vítima das paixões terrenas é um suicida moral, duplamente culpado, pois há nele falta de coragem e bestialidade, acrescidas do esquecimento de Deus.

    -- O suicídio mais severamente punido é aquele que é o resultado do desespero, que visa a redenção das misérias terrenas.

    Pergunta - É tão reprovável, como o que tem por causa o desespero, o suicídio daquele que procura escapar à vergonha de uma ação má?

    Resposta dos espíritos - O suicídio não apaga a falta. Ao contrário, em vez de uma, haverá duas. Quando se teve a coragem de praticar o mal, é preciso ter-se a de lhe sofrer as conseqüências.

    Será desculpável o suicídio, quando tenha por fim impedir a que a vergonha caia sobre os filhos, ou sobre a família?
    O que assim procede não faz bem. Mas, como pensa que o faz, isso é levado em conta, pois que é uma expiação que ele se impõe a si mesmo. A intenção lhe atenua a falta; entretanto, nem por isso deixa de haver falta. Aquele que tira de si mesmo a vida, para fugir à vergonha de uma ação má, prova que dá mais apreço à estima dos homens do que a de Deus, visto que volta para a vida espiritual carregado de suas iniqüidades, tendo-se privado dos meios de repará-los aqui na Terra. O arrependimento sincero e o esforço desinteressado são o melhor caminho para a reparação. O suicídio nada repara.

    Que pensar daquele que se mata, na esperança de chegar mais depressa a uma vida melhor?

    Outra loucura! Que faça ele o bem, e mais cedo irá lá chegar, pois, matando-se, retarda a sua entrada num mundo melhor e terá que pedir lhe seja permitido voltar, para concluir a vida a que pôs termo sob o influxo de uma idéia falsa.

    (continua)

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  6. Não é, às vezes, meritório o sacrifício da vida, quando aquele que o faz visa salvar a de outrem, ou ser útil aos seus semelhantes?
    Isso é sublime, conforme a intenção, e, em tal caso, o sacrifício da vida não constitui suicídio. É contrário às Leis kármicas todo sacrifício inútil, principalmente se for motivada por qualquer traço de orgulho. Somente o desinteresse completo torna meritório o sacrifício e, não raro, quem o faz guarda oculto um pensamento, que lhe diminui o valor aos olhos de Deus. Todo sacrifício que o homem faça à custa da sua própria felicidade é um ato soberanamente meritório, porque resulta da prática da lei de caridade. Mas, antes de cumprir tal sacrifício, deveria refletir sobre se sua vida não será mais útil do que sua morte.

    Quando uma pessoa vê diante de si um fim inevitável e horrível, será culpada se abreviar de alguns instantes os seus sofrimentos, apressando voluntariamente sua morte?
    É sempre culpado aquele que não aguarda o termo que Deus lhe marcou para a existência. Não há culpabilidade, entretanto, se não houver intenção, ou consciência perfeita da prática do mal.

    Conseguem seu intento aqueles que, não podendo conformar-se com a perda de pessoas que lhes eram caras, se matam na esperança de ir juntar-se a eles?
    Muito ao contrário. Em vez de se reunirem ao que era objeto de suas afeições, dele se afastam por longo tempo.

    Alguns exemplos de efeitos de suicídios na nova vida, como constam no livro “As vidas” de Chico Xavier:

    -- Chico, minha filha, de 5 anos, é portadora de mongolismo, mas eu acho que ela está sendo assediada por espíritos.
    Chico descartava a hipótese "espiritual" e encaminhava mãe e filha à fila de passes. Elas viravam as costas, e ele confidenciava a um amigo:

    -- Os espíritos estão me dizendo que essa menina, em vida anterior recente, suicidou-se atirando-se de um lugar muito alto.

    Outra mãe se aproximava e reclamava do filho, também de 5 anos:

    -- Ele é perturbado. Fala muito pouco e não memoriza mais que 5 minutos qualquer coisa que nós ensinamos.
    Quando os dois estavam a caminho da sala de passes, Chico confidenciava:

    -- Na última encarnação, esse menino deu um tiro fatal na própria cabeça.

    Outro caso, ainda mais chocante:

    -- Meu filho nasceu surdo, mudo, cego e sem os dois braços. Agora está com uma doença nas pernas e os médicos querem amputar as duas para salvar a vida dele.

    Chico pensava numa resposta, quando ouviu o vozeirão de Emmanuel:

    -- Explique à nossa irmã que este nosso irmão em seus braços suicidou-se nas dez últimas encarnações e pediu, antes de nascer, que lhe fossem retiradas todas as possibilidades de se matar novamente. Agora que está aproximadamente com cinco anos de idade, procura um rio ou um precipício para se atirar. Avise que os médicos estão com a razão. As duas pernas dele serão amputadas, em seu próprio benefício.

    Fonte: Livro dos espíritos (com algumas adaptações)

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    Então, Roderick, você não pensa que isso que diz o espiritismo possa ser verdade e que se matar não seja de fato tão inteligente como muita gente crê?

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  7. Boa noite Roderick.

    Penso que o suicídio é algo provocado por infelicidade, depressão...

    O suicídio requer emoção, inteligencia e intenção de morrer, em animais por exemplo não existe o suicídio propriamente dito, mas não vamos subestimar a inteligência de alguns animais é claro.

    O ato de se matar está relacionado a alguns fatores, como esquizofrenia, uso de drogas, alcoolismo, e como falado antes a depressão [uso de drogas no geral causam depressão], etc.

    Não sou Ateu, não sou Cristão, não tenho nenhuma crença religiosa, mas penso que não estamos aqui por acaso, penso que não estamos sós no universo, e que provavelmente existem outras dimensões, universos paralelos, muitas coisas que não serão compreendidas da maneira que estamos, o suicídio ao meu ver é algo provocado por fatores que levam a uma doença, as consequências dessa doença se não for tratada podem levar a pessoa a cometer suicídio, mas ainda assim temos o fator da escolha ao nosso alcance, e por isso acredito que dependendo do nível de consciência que tivermos ao cometer tal ato, seremos cobrados em nossa existência universal, ou seja, se mais consciência o ser tiver do ato, será mais cobrado pela existência, natureza, o que seja.

    Abraço e que você se aprofunde mais e mais em vários assuntos, não se limite, mantenha a mente sempre aberta a mudanças.

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    Respostas
    1. Oi, Bento.
      Seja bem vindo!

      Primeiramente, gostaria de me desculpar pela demora em te responder. É que só faço uso da internet duas vezes por semana, na biblioteca da cidade interiorana, que fica a uns quatro quilômetros da fazenda, onde moro, daí a dificuldade...

      O suicídio é um tema muito complexo. A vida mesmo é algo bem complexo.

      Sabe que, às vezes, penso que se houver vida após a morte pode ser que haja benevolência com o suicida.
      Pensando bem, o suicida precisa é de ajuda, não de castigo.

      Muito obrigado pelo comentário.
      Abraços

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