Dilema... Esse Sufoco Tem De Terminar!

Ainda não foi adeus. Continua a novela cansativa e agonizante da minha vida.

De segunda à quarta-feira, desorientado, com a cabeça a mil, saí de casa, bebendo e comendo num bar, e à noite, em casa, fiz o mesmo.

Na quinta-feira, fiquei em casa. Não almocei. Havia comida, mas, eu não estava a fim de almoçar. Tomei um café de manhã, com pão com manteiga, como sempre faço. À tarde, tomei um café, com três biscoitos maisena. No lanche, bebi pinga com Maria Rosa(uma espécie de linguiça, parecida com linguiça, também chamada de Salaminho) e um pouco de salsicha. Comi menos que o normal.

Na sexta-feira, tinha intenção de também não almoçar, mas , por volta das 11 horas, mudei de ideia. Eis o almoço: pinga com pipoca. Á noite, mais pinga com umas pelinhas de baicon, tipo chips(comi muito pouco).

Estou tão perdido que tenho mudado de ideia a todo instante. Esses dias, evidentemente, têm sido péssimos. Na sexta-feira , foi pior, na quinta, meu astral estava pior ainda.

Eu tinha a intenção de sair hoje e ir numa lan house, como estou fazendo.

Cheguei a pensar em mandar um e-mail pra  viúva do meu tio, que sabe como anda minha situação. No e-mail, eu contaria a verdade, que tenho apenas 7,80 na minha conta de poupança, pouco mais de 100 reais no bolso, que não tenho condições de pagar o próximo aluguel e que estou na dúvida, se me suicido e me deixo morrer de fome...

Depois, pensei em pedir a ela que ao invés dos 300 reais, que ela se comprometeu a me dar mensalmente, que me desse 600,00, neste mês, e que não me desse dinheiro no mês seguinte.
Por que tal proposta? Hoje, já dia 20. Se eu optar por não me alimentar mais em casa, acho pouco provável que eu morra em dez dias(isso se eu der conta  de ficar sem comida), aí, como já falei em outro post, o proprietário do imóvel em que moro, me encontraria em estado de deplorável, percebendo, claro, que eu não tenho mais condições de pagar o aluguel.
Aí creio que aconteceria o que já falei em outro post: possível internamento da minha pessoa, entre outras coisas ruins. O proprietário me parece uma pessoa digna, humana, mas...
Se eu tivesse com 600 reais, pagaria os 470 de aluguel e a conta d'água, que vence em 06.07, no valor de 30 reais. Ficaria com 100 reais, que eu nem procuraria gastá-lo... aí poderia morrer de fome, até o pagamento do próximo aluguel.

Se matar, não é fácil. Não sou a única pessoa que vacilo... muitos, pouco antes da morte chegar, se arrependem. Poucos têm a coragem de dar cabo , sem vacilar, em suas vidas.
E não sou do tipo que me jogaria num carro ou num trem, que tocaria fogo no meu corpo... O enforcamento é menos indolor, mas, pelo que pude notar, lá em casa, na varanda, pela altura dela, não dá para quebrar o pescoço, e sim se sufocar, o que é uma morte mais lenta e dolorida. Outro porém: temo da madeira que sustenta as telhas, não aguente meu peso, o que a quebraria e me manteria vivo, apenas sofrendo um pequeno tombo e fazendo um barulho. E suicídios como se jogar num carro, não faço mesmo. Acho desumano envolver outras pessoas. Por mais fria que um condutor de um veículo , poderia ser , ficaria bem contrariado, em atropelar alguém.
Contudo, vou tentar hoje... Estou confuso, mas acho que está descartado me comunicar com a viúva do meu tio.

Peço, imploro, mas o a vida não quer me matar. Por que? O que mais vou fazer na vida? Que utilidade tenho? Que meta tenho? Que sonho tenho? Não tenho mais pais, a maioria dos meus tio estão mortos, meu irmão , sua esposa e seus filhos , estão distantes de mim. Não tenho mulher,internet, dinheiro... Pra que vou ficar vivo?  Só para sofrer bem mais do que estou sofrendo? E estou envelhecendo... E não sou tão ruim assim. Só quero paz... saúde e paz. Quero descanso!

Uma coisa é mais que certa, minha vida mudará daqui a alguns dias. É impossível, penso eu, se o proprietário do imóvel em que moro, depois que me encontrar em estado lastimável, me deixe a continuar a morar no barracão, mesmo se meus parentes resolvessem fazer uma vaquinha, a qual daria para eu sobreviver. E acreditar nisso é como crer em Papai Noel e Duendes...
Se a bem-vinda morte não chegar, morarei num asilo ou num manicômio, o que seria um desastre, uma tragédia pra mim!

Gostaria de agradecer à uma amiga virtual, a qual, nestes últimos anos, troquei e-mails quase diários. Ela é a única pessoa que tem me dado apoio moral. Nem mesmo a viúva do meu tio materno, me dá apoio moral, só ajuda financeira, que na verdade, é um paliativo.

Quanto àquela , a qual foi minha última paixão, ela não está nem aí! Que decepção! Se bem que pessoas de plásticos, não costumam se preocupar com as outras; não são solidárias.

Esse sufoco tem de terminar!