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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Ana e Nefertiti

Abaixo seguem duas rimas, que escrevi em 2008 e 2009, respectivamente.
A primeira, "Ana", foi em homenagem à infeliz mulher que me colocou no mundo. Foi escrito dias depois da sua morte.  A segunda, "Nefertiti", foi uma das centenas rimas que fiz para a última mulher a qual me envolvi sentimentalmente.
Foram resquícios de amor, de ternura, carinho, saudade e, talvez até mesmo de um sentimentalismo piegas.
Não consigo mais amar ninguém.

Ana

Em 08.12.1940, nascia uma pessoa muito bacana, seu nome era Ana.
Era uma mulher amorosa, podia se dizer que era prosa, mas não inconveniente e cativou a muita gente.

Sua sobrinha chegou a dizer: "Nunca poderia imaginar que uma pessoa como a tia Ana, pudesse morrer".

Nunca esquecerei do seu "Seja bem-vindo!", quando retornei ao lar, seu semblante lindo, me fez, com muita saudades, emocionar.  Ela ainda falou: "era difícil se acostumar sem ouvir sua vozinha". Vozinha, mama?!  Minha voz sempre foi grossa, e sua partida me deixou numa grande fossa.

Quantas vezes briguei com os outros, para lhe defender... não pelo fato de ser minha mãe, mas por seu caráter, jamais admiti que alguém viesse a lhe ofender.

Conciliadora, avessa à fofocas, gostava de por "panos quentes", ah, Ana, você faz falta pra muita gente!

Ana, dos olhos verde e castanho*, "olhos de fantasia", como alguém dizia, o vazio que sinto com a sua ausência é tamanho, será que ainda existe chance para a alegria?

Amiga e boa conselheira, leal, inimiga de brigas e de intrigas, uma grande companheira, uma esposa sem igual, que os poucos homens que passaram por sua vida não souberam dar valor, neste ponto ela morreu só, pois deles não teve amor.

Em 29.08.2008, pra meu desgosto profundo, perdi a pessoa que mais gostei no mundo!

Nefertiti, a Mais Bela Chegou

Dizer "minha Nefertiti" seria possessivo, pretensão?  Sei que sem ti não mais vivo, mesmo você tendo fechado o seu coração.

Vou me contradizer, sem você, vivo sim, por que não?  Mas, queria tê-la perto de mim, e não me importo se isso é amizade, amor ou paixão.

Vou até a sua cidade, você vai ver, quando menos esperar, chegarei para te surpreender.

Nefertiti, faço-lhe um convite: vamos ficar sob a luz do Deus Sol, serei seu Akhenaton, lhe darei flores, perfumes, jóias, sapatos e uma caixa de bombom.

Te prometo que se surgir a Kiya, por ela não vou me interessar, pois só você eu sei amar.

Nefertiti significa"  a mais bela chegou", se me perguntarem, "vc é um tolo apaixonado?", respondo que sou.

Não tenho o poder de um faraó, sou pobre, não nobre, mas prefiro tê-la, a viver só.

Nefertiti, a mais bela que chegou, talvez você tenha sido a mulher que o Akhnaton aqui mais amou.

Nefertit, a mais bela da tarde, da noite e até da madrugada, continuarei insistindo para que sejas a minha amada.

Nefertiti seria só um sonho, uma ilusão, uma grande amizade, confundida com paixão?  Não sei responder, e vc diz que tantos elogios não faz merecer, mas creio que sou eu quem não a mereço e de tanto lhe assediar, de tanto meus sentimentos declarar, a aborreço.

* Minha mãe, cujo nome verdadeiro era Ana, tinha um olho verde e outro uns 70% castanho e o restante também verde.

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