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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O Mendigo Encontrou um Lar

Aproveitei que as chuvas deram uma trégua e estou novamente na cidade interiorana.

Acabei de ler um e-mail de uma amiga virtual, que diz ser, assim como eu , de Belo Horizonte.
Há uns três anos, se não me falha a memória, troco e-mails com ela. Fomos confidentes, sendo que , por coincidência, sofremos com paixões virtuais.

Fiquei aborrecido com seu último e-mail, já que ela falou não acreditar que eu esteja na roça, que isso foi apenas uma desculpa que dei para me afastar.
Até que a entendo, já que acho difícil acreditar que uma pessoa como eu existe.  Mas, não sou de mentir. O que narro é verídico.  Estou, realmente, morando numa fazenda, numa cidade legal, mas provinciana.

Bem, há poucos dias, falei com a minha prima e o seu marido, que , pouco antes de vir morar na roça, pensei que iria lidar com chefes/patrões, mas que me deparei foi com amigos.
Os dois me tratam tão bem, que fica até difícil crer que isso está acontecendo comigo.
Me sinto como se fosse um mendigo, daqueles que nasceram na rua, ao relento, e foi ,sem saber por qual motivo, amparado por uma família.  E já faz seis meses que moro no campo.

Até quando isso vai durar não sei dizer, mas, nada mais tenho a perder, afinal, tenho 59 anos e oito meses de vida; estou fazendo horas extras na Terra, já passando da hora de morrer. Com todos inconvenientes , está sendo mais positivo que negativo morar na roça.

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