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sexta-feira, 15 de abril de 2016

Desabafos Antigos(1)

Bandido

Estou preso numa cadeia; esta corja ao redor, me chateia.
Há muito tempo cumpro uma pena, que não é pequena.
Ao me levantar, despeço-me de meus colegas delinquentes do lar.
Os mesmos quatro criminosos estão no ponto da lotação.
Mais uma vez fico de pé e levo um esbarrão.

As horas que passo no campo de concentração são duras.
O tempo custa a passar.  Solidão e frustração tendem a não me abandonar.
O jogo dos delinquentes, não me deixa contente.
Volto pra casa no ônibus cheio; quero descanso e com sono anseio...
Meus companheiros me perturbam antes de dormir.
Temo o amanhã e o que está por vir.
Esta pena nunca terminará?  Será sempre minha sina?
É triste não saber quando se encerra a prisão no planeta Terra.(Roderick Verden-2000)

Neurótico?!

Gostaria que o ônibus não demorasse tanto; seria bom ficar sossegado no meu canto.
Adoraria que o ônibus não estivesse lotado; que esplendor se houvesse só alegria e eu não ficasse mais contrariado.

Seria edificante o sol brilhante, mas sem o escaldante.  Um espetáculo bonito da chuva, sem inundação.
Provando o gosto da uva, sem ouvir notícias de devastação.

Gostaria de fazer as coisas do meu jeito, sem prejudicar ninguém e que nenhuma pessoa me aborrecesse também.

Que felicidade transar com uma bela mulher, sem a engravidar, sem compromisso, sem possessão, só vivendo o momento então.

Um mundo sem veículos barulhentos, um mundo sem prédios, sem tormentos.
o fim de debates e discussões inúteis, a derrocada das pessoas fúteis.
O respeito à natureza e ao ser humano.  A extinção das desavenças, doenças e desenganos.
O encerramento das maldosas críticas e dos deboches, uma eterna compreensão, um planeta sem fantoches.

O direito de ficar sozinho ou acompanhado, de conversar ou ficar calado.

O término da velhice; uma vida estável; que ninguém do outro risse; o homem sempre educado e agradável.

Gostaria de viver sem ter problemas e que ninguém intrometesse no meu sistema.

Enfim,com liberdade e autonomia, sem dor, só alegria, sem , no entanto, que houvesse monotonia.(Roderick Verden- ano 2000)

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