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quinta-feira, 16 de junho de 2016

A Culpa é das Pessoas

Ontem, resolvi sair de casa, de improviso, como as vezes fazia quando morava em Belo Horizonte/Contagem.

Bebi um pouco, acompanhado de um pão francês e três salsichas. Saí de casa por volta de 14:45. Fui à pé.  No meio do caminho consegui uma carona.

Pouco depois das 17 horas, mais pinga com feijão tropeiro.  Eu queria comprar salgados, pra variar, mas não encontrei na padaria.

Um dos motivos de eu ter saído de casa, foi a ânsia de postar sobre o Planeta Vazio.
O habitante único do planeta, se parece comigo.

Estou muito inquieto.  Nem o campo me aquieta,  não me dá paz.
Acho praticamente impossível eu ter paz de mente, ter novamente alegria.  Por isso que costumo pensar que a morte seria a solução.   Talvez seria... talvez... como saber?

Minha descrença em relação ao ser humano , é irreversível.

No próximo dia 25, faz 11 meses que resido na fazenda.  Verdade que é bem melhor morar no campo do que num albergue ou morar na rua.  No entanto, não estou satisfeito, sendo que a causa maior da minha insatisfação é meu contato com as pessoas.  Quando fico na cidade interiorana, não posso me queixar do pessoal, principalmente das duas mulheres que atendem na biblioteca, onde uso o computador e da faxineira do local.  Todas três me tratam muito bem.  No bar/restaurante, onde compro marmitex, o tratamento também é bom.  Quando fico na casa da cidade, tenho que pegar as chaves e o alarme da residência, com o casal vizinho, que é muito gentil, principalmente a mulher.

Porém, não estou muito satisfeito com as pessoas que convivo no campo.
Como já falei, estou achando minha prima esquisita comigo, desde a semana do meu aniversário.
A pessoa que mais convive comigo é o cunhado do marido da minha prima.  O convívio , pode-se dizer que é nos sábados e domingos.  Não chego a odiá-lo , mas não gosto dele.
O contato com o vizinho, vaqueiro, que fica numa fazenda a cem metros de onde fico, se resume às caronas, que pego com ele.  E como ele pisou na bola, há pouco tempo, não me dando uma carona, o mesmo perdeu ponto comigo.  Talvez nunca mais pego carona com ele.

O pedreiro, que aparecerá na fazenda , na segunda quinzena de julho, é prepotente, palpiteiro e temperamental.  Ele fica com o rádio, ligado alto, o dia inteiro, e ainda diz: "não trabalho sem rádio!".

O marido da minha prima, apesar de ser uma pessoa prestativa, atenciosa, procurando sempre facilitar as coisas pra gente, brinca em excesso, e não concordo muito com algumas de suas atitudes.
No último domingo, quando peguei uma carona com ele e seu cunhado, no carro de propriedade do último, ele pediu que o cunhado passasse na casa do pedreiro, para combinar o feitio do galinheiro, na fazenda. Era cedo, antes das 9 da manhã; seu cunhado avisou que ele poderia acordar o pessoal.  Eis a resposta dele: "Azar!".  E acabou acordando mesmo a mulher do pedreiro, se desculpando com ela, ao se despedir.
Logo em seguida, disse para seu cunhado que fez o certo , não estando nem aí por tirá-la cedo da cama.  "Estou arrumando um trabalho para o marido dela".  Isso é falsidade, não?  Isso é inconveniência, correto?

As brincadeiras dele, a grande maioria de cunho sexual, são bobas, chatas, de gosto muito duvidoso.
Uma pena , um sujeito tão inteligente, rico em conhecimentos gerais, e com tiradas tão desagradáveis.

Enfim, não estou satisfeito com ninguém ao meu redor. E me bate um mau presságio com a presença, à partir de julho , da minha prima, do seu marido, do pedreiro, com seu irmão e nos sábados e domingos, o cunhado do marido da minha prima.  Tentarei ficar no meu canto, trabalhando mais na horta, criando mais canteiros, capinando...  O sujeito quando é gozador, na presença de outras pessoas fica pior ainda.
Este é o caso do cônjuge da minha prima.

Já pensei muito sobre o motivo da minha prima e de seu companheiro, terem me acolhido na fazenda.
Será que foi por caridade?  Não sei, mas notei  que eles parecem gostar de ajudar os outros-principalmente o marido- aparentam serem caridosos.  Contudo, são também empreendedores, ambiciosos.  Com 58 anos de idade, o marido da minha prima, ainda pensa em construir um galinheiro... e eu quero é descanso...
Suspeito que eles estão investindo em mim, a longo prazo.

Por outro lado, é muita coragem deles acolherem um sujeito, que há uns 20 anos não trabalha, com fama de genioso, preguiçoso, desiludido e com tendências suicidas.  E mais ainda, um homem idoso, 60 years old...

Tenho vontade de perguntar a eles o motivo de me aceitarem na fazenda, mas suspeito que a resposta pode não ser sincera.

Outra suspeita: acho possível dos dois-e mesmo a filha deles- acompanharem meu blog. Igualmente, é possível, que por tal motivo, meu filme já estar queimado(rs).

Falando na filha deles, ela, que tem 24 anos, é super calada.  É uma das pessoas mais caladas que conheço. Pena que seu pai não é assim(rs).  Quem dera se todos fossem iguais a ela.

2 comentários:

  1. Olá, Roderick.
    Bom saber que, apesar de tudo, vc está bem.
    Nem dê bola para aquilo que te incomoda... às vezes, as pessoas são um saco mesmo.

    Beijão!

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    Respostas
    1. Espero que vc esteja bem também, Helena.

      Tudo de bom pra vc!
      Beijão retribuído!

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