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quarta-feira, 15 de junho de 2016

O Planeta Vazio

O planeta existia, na órbita de um sol.
Mas, só havia um habitante nele.

O planeta, no começo da caminhada, do olhar do habitante ,era deserto, fazendo lembrar Marte.

Ao caminhar, ele encontrou plantações: frutas, legumes, folhas... água, e encontrou um abrigo para dormir. Ele conseguia se aquecer, se proteger do frio.

Mas, não havia mais nada além disso.  Sem pessoas, sem animais, sendo que só num determinado espaço, se encontrava as plantações.

Ele não tinha mais amigos, colegas, pais, mulheres, namoradas, filhos... não tinha mais nada pra se ver. Não havia mais um trabalho, nenhum divertimento, coisa alguma, além do meio de se manter vivo, através de alimentação, água, fogo...

E ele não conseguia entender porque num planeta que contia água e alimentação, não havia mais ninguém, nada, apenas ele.

O habitante caminhava sem parar.  Demarcava o lugar em que havia vegetação, voltando pra dormir, depois de longas caminhadas, nas quais ele só via o deserto, o vazio.

Ele lembrava dos seus colegas, dos seus amigos, de seus pais, de suas mulheres, dos seus afazeres, dos seu lazeres, das suas alegrias e das suas dores.  Ele tinha consciência que era do planeta Terra, contudo não tinha certeza se estava no planeta em que viveu por toda a sua vida. Ele não sabia o que havia acontecido. Todos, pessoas e animais, o fim de uma civilização, tudo acabado, num holocausto?  E só ele havia sobrevivido?  Ou ele teria sido exilado pra este planeta solitário, com nada,ninguém, a não ser plantações e água.

Ele , muito angustiado, teve vontade de se matar.  Porém, o instinto de vida , ainda existia.  Ele temia o desconhecido; tinha medo de cometer uma violência contra o seu próprio corpo.

Ele continuava a caminhar... era assim todos os dias... voltando pra dormir no abrigo. Queria morrer, mas não tinha coragem de se exterminar.
Parecia ser uma pena eterna...


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