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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Um Conto de Amor... E De...(2)(Ligéia)

Quando eu quis saber do passado amoroso de Ligéia, ela negou a falar sobre, ressaltando que não fala sobre ex-namorado(s), além de não querer saber nada sobre o passado amoroso de seu amado.
Mas, eu tive a audácia de perguntar: "Mas, vc já namorou não?"   Ela:  "Claro, né?".

Alguns meses de um feliz namoro, e acontece o inusitado: um parente meu morre, me deixando uma gorda herança.  Fiquei rico!  Eu não era tão íntimo dele.  Gostava do mesmo... e o parente, surpreendentemente, me colocou no seu testamento.

O tio foi acometido de uma doença gravíssima.  Sofreu bastante, até vir a falecer. Como que é a vida, precisou haver a morte dele, para eu enriquecer, me estabilizando financeiramente, pro resto da minha vida.
Senti a morte dele, mas nem tanto, como seus familiares mais próximos.  A minha descrença em relação a vida, era tamanha, que , pra mim, a morte seria uma libertação. Lamento muito ele ter sofrido, como sofreu.
Eu havia chegado a um ponto, que nem notícias de suicídios me chocavam.  Não incentivo ninguém a se matar, porém , admiro os suicidas.

Descontente no trabalho, no qual ganhava pouco... morando de aluguel, convidei a Ligéia a morar comigo.
Ela ganhava, no seu trabalho, um pouco mais do que eu, mas, ainda assim seu salário era baixo.  Estava bastante desiludida.
Temeu que nossa união poderia não dar certo.  Minha intenção , era morar bem longe da civilização, numa afastada casa campestre.  Ah, antes de eu saber da herança, ela havia ficado desempregada.
Falei com Ligéia, que se nossa união não desse certo, ela poderia voltar para a casa dos pais e que eu bancaria todas as despesas, que mesmo separados, a ajudaria.  Ela afirmou que não se interessava pelo meu dinheiro.  Acabou aceitando...

Ligéia, assim como eu, não queria se casar, nem no civil e, muito menos, no religioso.  Para minha felicidade, não queria ter filhos.

Seus pais ficaram alegres com a nossa união, mas lamentaram o fato de não nos casarmos. Dona Talita, em especial, queria ver sua filha de véu e grinalda, entrando na igreja... Todos na casa de Ligéia eram religiosos, católicos; minha encantadora mulher era ateia.
Bem, eu falei que também queria ver a Ligéia de véu e grinalda, e, para espanto de todos, sugeri que fizessemos uma cerimônia matrimonial, como se fosse numa igreja.  O padre seria o Seu Faisal(rs). Todos concordaram. A cerimônia foi na casa dos pais da Ligéia. Apenas seus pais , seus irmãos e seus sobrinhos participaram.
Ligéia estava super linda de noiva.  Duvido haver no mundo noiva mais linda.  Seu Faissal estava impagável como padre, com aquele manto e uma cara de "santo"...rs

Na hora do "aceita ela como sua legítima esposa?", eu comecei a falar: "bem... bom... é... ham... " tossi, engasguei , respondendo que eu estava indeciso.  As gargalhadas foram gerais(rs).

Antes de partirmos para nossa lua de mel, na nossa própria casa campestre, Seu Faisal chegou perto de mim e falou:  "eu sempre sonhei que Ligéia fosse mãe; lamento muito por ela não querer um filho, não obstante, há um uma vantagem nisso, pois se o filho tivesse uma aparência similar a sua, ele seria feio demais! hehe".  Respondi, zoando," e o senhor, Seu Faissal é bonito demais, não?"(Ele era bem feio, mas sua esposa e seus filhos, eram bonitos).

E eu e minha adorável Ligéia fomos pra lua de mel; fomos morar juntos...

... continua...

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