Total de visualizações de página

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O Capitalismo É Quem Manda

Ontem, dormi e usei por grande parte da tarde o notebook da irmã do meu primo.

Na casa, dormiram ela, seu marido, seus três filhos(um com a mulher).
Todos gentis comigo.

Por insistência da minha prima, fomos visitar uns parentes, todos idosos.

A história desses meus parentes é aquela história, não muito incomum, de quem sofreu muito com a pobreza, passando muita necessidade, e depois ficando bem de vida.
São bem sucedidos capitalistas.
Acreditem se quiserem, dos três filhos da minha prima, dois são políticos e seu marido foi vice-prefeito da cidade.
As duas atendentes e a faxineira da biblioteca, onde uso a internet, que me deram muita força com o meu drama de não ter onde morar, são funcionárias da prefeitura.  O prefeito é primo da minha prima, a patroa casada com o chato.
Tirante o casal 0, todos na cidade, têm sido legais comigo.  Porém, todos são capitalistas, todos são dinâmicos, empreendedores.  Fiquei e estou à mercê do capitalismo, à mercê de gente ambiciosa.
O principal é o Deus Dinheiro, que move a vida no planeta Terra.
Só quero paz, sossego e continuar meu firme amor pela solidão, mas como não tenho dinheiro, sou obrigado a conviver com gente, que mesmo sendo solidária, nada tem a ver comigo.

O caseiro, que trabalha há 9 anos na fazenda do meu primo, disse que, devido trabalhar em excesso, dormindo pouquíssimas horas por noite, se fica um pouquinho parado, do lado de alguém a falar, começa a cochilar.  Regozija-se de estar bem de vida, mas se mata pra viver.  Assim é o capitalismo, assim é a vida.

Pretendo falar com o caseiro e também com o meu primo, os motivos da minha demissão da fazenda do casal 0, assim como falar que não tenho muita resistência de trabalhar em excesso, que sou muito nervoso, não tolerando certas brincadeiras e que adoro viver sozinho.

A irmã do meu primo pensa que sou um deprimido.  Ela disse que é uma pessoa deprimida e que toma remédios controlados, inclusive para dormir.  Meu primo, que me fez a caridade de me dar um novo lar, andou bem deprimido, anos atrás.  Hoje, toma calmantes e anti-depressivos.  Foi alcoólatra, não bebe mais.  No entanto, desde os anos 90, tenho o achado diferente: sério, esquisito, triste, paradão.
E além de ficar muito agradecido, fiquei impressionado dele ter me acolhido em sua fazenda, sem nem saber o motivo da minha demissão da outra.

O capitalismo continua a expandir e eu com vontade de me explodir.
Às vezes, penso que sou é paciente demais, já que eu poderia ter partido deste mundo, há tempos, e o que não faltou foi oportunidade pra isso.  Agora, fica mais difícil de se fazer o corte final, já que ficarei mais rodeado de gente, na fazenda, e fui cair na besteira de revelar para a minha prima, a irmã do dono da fazenda, que já pensei em suicídio(ela disse que pensou em se matar uma vez).

Pais, por que me colocaram no mundo?  E por que partiram antes de mim?

Nenhum comentário:

Postar um comentário