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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Ainda condenado a viver

Nos últimos dois, três meses ,em que vivi em Contagem(região metropolitana de BH), eu já não fazia mais uso da minha internet diária.  Devido a isso, o tempo custava a passar.  Escutar rocks  é o que  mais gosto na vida, mas não curto ouvir música o dia inteiro... aí penso ser enjoativo.

Quando eu acessava a internet diariamente, eu acompanhava o noticiário na web.
Sem internet, todos os dias, acompanho o noticiário pelo rádio, na Rádio Itatiaia.
O jornal começa às 6:30, terminando as 9 horas.

Bem, acompanho o jornal somente para não ficar muito por fora das coisas.
Contudo, as notícias são um porre.  Futebol, economia, previsões do tempo, crimes e, principalmente, política.  Tem dia que desligo o rádio as 8 horas, ou até antes.  É enfadonho. Os radialistas e repórteres, até que são simpáticos, mas são otimistas demais para o meu gosto.  E todos politizados.
Política é uma das maiores drogas do mundo, é uma coisa nociva, suja, mesquinha, demagoga, desonesta.
Não é à toa que há quem pense que certos políticos têm estreitas ligações com os demoníacos seres alieníginas ,os Arcontes.

A existência de políticos ,em todos os cantos do globo, prova a inferioridade humana, comprovando a pequenez da vida no planeta Terra.

No jornal da Rádio Itatiaia, há notícias de hora em hora, por poucos minutos.  Algumas vezes, logo do término do noticiário, a locutora ,com a voz até embargada, comunica o falecimento de alguém, falando o horário do velório,etc...  Cheguei a um ponto que acho até legal a morte de outrem, tenho até inveja.

Não, o que acabei de dizer não é maldade,nem falta de sensibilidade.  Inclusive, claro que tenho ciência, sabendo o quanto é triste perdermos entes queridos.  As três mortes que mais senti foram a de um avô, quando eu tinha 11 anos, da minha avó materna e, principalmente, a da minha mãe.
É muito triste, terrível, o óbito de pessoas bem jovens.  No entanto, não penso , como muitos pensam, que a  pessoa tinha o futuro pela frente. Acho que, neste caso, a morte é ruim  é para os parentes e amigos do morto, o jovem morto nada sentirá depois.  Nosso futuro é a morte.  E creio ser uma dádiva morrer jovem.

Quem choraria com a  minha morte?  Ninguém, evidentemente.  E eu , choraria pelo falecimento de alguém?
Talvez não, talvez...  Ah, por incrível que pareça, acho possível de eu ficar bem abalado se a minha ex-amada, ou mesmo sua filha única, falecer, e olha que a moça não gosta de mim... a mulher continente deve me odiar, ou se não nem lembra da minha existência.

É, pelo modo como estou, acredito que mais uma vez eu não farei o corte final.
Não tenho coragem mesmo!
E estou um pouco apreensivo com a conversa que terei com meu "tutor", o primo.
Acho possível dele me expulsar da fazenda.

Ainda tenho medo de fugir da prisão, por isso, continuo condenado a viver.
Um morto vivo, que não gosta quase de nada, que pensa que as pessoas são sinônimos de problemas.
Eu próprio , sou um problema. Não obstante , me tolero, mas não suporto meu semelhante.
A solidão é um bálsamo, é tranquila, silenciosa.  A maioria das pessoas me dá tédio, são inquietas, mesmo gostando de tantas coisas, me parecem ocas por dentro.
Mal se conhece uma pessoa, e ela já começa a queixar de algo.  Uma das características humanas , é reclamar da vida, principalmente do seu semelhante.  E eu também, neste ponto, sou assim.  Reclamo muito, meus blogs que o digam. Todavia, somente os (poucos) leitores do meu humilde blog, é que sofrem com minhas lamúrias.  No meu dia a dia, procuro ao máximo evitar o contato humano.  Pena que nem sempre isso é possível.
E viva a solidão!  E viva a morte!

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