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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Curiosidades de família

É comum ,alguém falar sobre o comportamento de alguma pessoa, que ela está puxando o pai e/ou a mãe.

Eu próprio, pareço em certos pontos com o meu pai e em outros com a minha mãe, assim como meu irmão.  No entanto, em muitos aspectos, sou bem diferente deles.

Quando eu frequentava um centro espírita kardecista, conheci uma família que me chamou muita atenção.
A mulher, idosa, foi presidente do centro espírita por alguns anos.  Ela tinha a cara sisuda e era também sisuda, brava, agressiva.  Nunca me desentendi com ela, que me tratava bem, mas seu comportamento irascível, era criticado por alguns dos frequentadores do centro espírita, sendo que houve até quem se afastasse do centro, por causa da "braveza" da presidente.
Seu marido, que não era um frequentador assíduo do local, como ela, era mais sisudo ainda.  Também não tive problemas com ele.  Ela, um dia falou, quando ele estava ausente: "meu marido é um homem que não pede desculpas pra ninguém".

O irascível casal tinha três filhos, todos adultos, mais velhos do que eu. Os três eram casados.  Eles eram bem diferente de seus pais, até mesmo na aparência.
Todos três eram bem comunicativos e simpáticos.  O E me tratava com muito respeito e consideração.  A R, além de ter um certo charme, era alegre, aparentava ser brincalhona.  A V era uma mulher super doce; até mesmo sua voz era serena.  Infelizmente, V morreu ainda jovem, de câncer, há anos, se não me falha a memória, antes dos pais.

O irmão mais velho do meu pai teve três filhos.  A mais velha , 56 anos, é a prima, que foi minha patroa, até a pouco.  O número dois tem 54 e o número três tem 53 anos.

Gostei muito do meu tio, citado acima, que dos meus tios, tinha a minha predileção.  Ele, meu patrão por três vezes,sempre me tratou com muita consideração.  Era falado que ele gostava de mim.  Foi o patrão que mais gostei.

Sua mulher, que hoje, octogenária, está de Mal de Alzheimer, foi uma pessoa muito bondosa, como disse , uma vez, seu filho caçula, "a mãe é o equilíbrio lá de casa".  Ela era muito agradável.

Meu tio enriqueceu e deixou um tanto de bens, depois de morto.

Cheguei a considerar seus dois filhos, do sexo masculino, como meus melhores amigos... confidentes.
Mas, a amizade acabou há muito tempo,principalmente com o filho número dois, que é um sujeito imprevisível, calculista , que gosta de derrubar os outros.  Ele foi injusto comigo , por algumas vezes, chegando até a me humilhar.

O filho caçula foi meu último amigo pessoal.  A "amizade" acabou por volta de 1994, felizmente, sem brigas.
Perdemos o contato, mas quando nos encontramos casualmente, o que é raro, conversamos um com o outro.
Ele foi considerado, enquanto solteiro, a ovelha negra da família.  Agressivo, ranzinza, muito exigente, bruto, chegando até , um dia na fazenda, jogar o cavalo, no qual ele estava montado, no seu pai, depois de uma discussão.  Ele vivia brigando com o pai, sendo comum falar sobre meu tio:  "não o suporto!". Também se desentendia com seus irmãos, mais ainda com o filho número dois.  Volta e meia , eles estavam de relações cortadas.  Um dia, o caçula, depois de junto com sua irmã, fazer uma visita à minha mãe, e ter tomado umas cervejas a mais, pediu no carro da minha prima, que ele abrisse as janelas, pois ele estava sentindo calor.  Só que sua irmã estava sentindo frio e não quis abrir as janelas.  Ele discutiu com ela, que o expulsou do seu carro.  Ele falou que iria matá-la.  Ela teve que se esconder dele, na sua casa...
Quando ele passou de ano, na escola, sua irmã foi parabenizá-lo... ele, estupidamente, disse pra ela não encher seu saco...  Segundo seu cunhado, meu primo falou que sou um sujeito muito maçante...
Tanto o caçula, como o filho número dois, ficaram anos sem conversarem com seu cunhado.

Na partilha dos bens do meu tio, o malicioso, intrigante, fofoqueiro e mercenário marido da minha prima, acha que a prima foi prejudicada, e que seus dois irmãos estavam de coleio , de parceria para levar vantagem com a herança.

A prima chegou a me enganar por muito tempo, já que cheguei a pensar que ela era a única filha do meu tio, que era uma pessoa legal.  No entanto, mesmo quando eu gostava dela, não pude esquecer que o filho caçula a chamava de autoritária, que seus dois irmãos ficavam admirados de ela não ter amigas, que um dia, ao discutir com seu pai, devido dinheiro, foi agressiva, falando que meu tio nunca fez nada por ela.  Na discussão, ela não o chamou de pai, chamou-o pelo nome próprio.  Minha bondosa tia, falou com a minha mãe:  "eu ouvia a discussão e não conseguia aceitar que a M foi a filha, que criei com tanto zelo".

Na realidade, a prima aparenta serenidade, equilíbrio, calma e até meiguice... aparenta, na verdade, ela é fria, ruim, sem piedade, igual seu nefando marido.

O filho número dois, hoje, briga na Justiça com os dois irmãos, por causa de dinheiro. Andou falando, por muito tempo, que mataria a sua irmã.

Então é isso: um casal tão legal, bom e com três filhos ruins.  Pelo que pude notar, minha tia mimou demais os filhos homens, deixando-os mal acostumados.  Já meu tio, era mais durão, um pai ausente.  A prima o puxou, no tocante a empreendimentos, amor ao trabalho e paixão pelo dinheiro.  Mas, não é justa, como seu pai era.

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