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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Mundo Sem Graça

Ainda vou procurar os advogados, mas estou fazendo hora, mesmo que não os quisesse procurá-los.
Quero chegar mais tarde na fazenda, sem ver ninguém nela, como vi, na última vez em que vim aqui, na cidade interiorana.
Quero chegar, beber mais e dormir. Quando bebo na rua e em casa, o sono chega mais rápido.

Como um mendigo ou uma criança, aceito o que meu primo tem me dado. Diferentemente de uma criança, que não está nem aí, quer é ganhar, fico constrangido com tudo, de ter que me depender de uma pessoa, para minha sobrevivência.

Para minha surpresa, o primo revelou que ainda trabalha, em uma das suas lojas, de 50 metros, com mais 8 empregados.  Ele madruga, saindo do serviço às 19:00 hs.
O caseiro da fazenda trabalha mais ainda, de 3 às 21 horas.  Ele ainda consegue rir, ser animado.
Não , não tenho inveja dos dois.  Sou mais eu, mas menos eu, num mundo como este: trabalho, dinheiro, problemas.  Um mundo assim , é bem sem graça.

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