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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Samba do criolo doido da vida

Samba do criolo doido da vida

Lentamente passa o dia e continua ausente a alegria.
A tristeza não quer ir embora; minha alma chora.
Em compensação, tenho do meu lado a querida solidão.

Por não ter um bom assunto pra falar, o ser humano diz besteiras, disfarçadas de brincadeiras, sem parar.

Trabalho, empreendimentos; ricos e pobres em busca de dinheiro.
Muito sofrimento, num planeta que exala mau cheiro.

Fugazes e fúteis prazeres , o que predomina são os afazeres.

Paixões, amores, que terminam em desilusões e dissabores.

Frágil é a saúde; o futuro é um ataúde.

Amizades perdidas, almas feridas...
brigas, intrigas...
Eternas falta de consenso.
A vida é um fardo, eu penso.

O enfadonho perde e ganha.
Acamado, sofrendo dores e você ainda diz que é manha.

Os incansáveis altos e baixos; já não sinto calor em abraços.

Não posso ficar apenas no prazer, tendo do meu lado a solidão,
pois me deparo com as pessoas, dependo de dinheiro, com isso,
vivo a sofrer.

Infelizmente, precisamos de cada um; perto dos outros,
não podemos soltar um pum.

Por que o destino não me dá um indulto?
Já passei da hora de morrer, com 60 anos,
sou bem adulto.

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