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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Intrigas e desavenças na biblioteca

Dando sequência às delícias da vida, que comprovam que é maravilhoso viver, vou postar mais sobre intrigas e desavenças.

Na biblioteca da cidade, há duas atendentes e uma faxineira.
Usarei nomes fictícios para me referir a elas.

A biblioteca abre às 7:30, fecha as 11:00 horas para o almoço, abre novamente às 12:30, fechando as 17:00 hs, de segunda a sexta-feira.  No entanto, não é incomum abrirem as 8:00, na parte da manhã e as 13:00, na parte da tarde.  Igualmente, não é incomum elas faltarem de serviço, até mesmo durante dias seguidos...

As três, durante um certo tempo, eram bem gentis comigo.  Eu gostava das três. " Eram gentis? Não gosta mais delas?  Que cara chato este Roderick Verden! " Quem me lê, até que pode pensar assim.

As duas atendentes não se dão bem; nem conversam uma com a outra, tirante assuntos de serviço.
A Nair me parece bem geniosa, implicante, cheia de frescura... tenho notado também que ela é de lua: algumas vezes, amável, noutras, mal nos cumprimenta...

A Joana(a faxineira), apesar de não ser de mal da Nair, não gosta dela; vive a criticá-la(quando Nair está ausente) e fala bem da Sandra(a outra atendente).
Joana é uma pessoa extremamente deprimida, com desejos suicidas, toma remédio controlado, sendo mais pessimista ainda do que eu.  Não tem cultura, estando por fora de muitas coisas.  Volta e meia, ela pergunta o significado de certas palavras, para a Sandra e para mim, como "o que é uma pessoa individualista?".
Pelo que revelou, é histérica, aparentando ser uma pessoa de gênio difícil.

Quanto à Sandra, acho-a muito legal.  Tranquila, alegre, de bem com a vida... muito simpática.

Há muitos meses, que escutei de Nair, críticas à Sandra.  Já a Sandra, demorou muito a criticar a colega de trabalho.

E foi justamente a Nair que um dia notou que eu havia bebido, quando usava o computador, numa tarde.  Ela não foi deselegante, mas falou sobre o cheiro de pinga, que eu inalava. Fiquei muito sem graça, e não mais bebi ao frequentar a biblioteca.

Segundo Joana e Sandra, Nair é cheia de não me toques; é metida a rica, desfaz das pessoas mais pobres, além de costumar destratar alguns estudantes,que frequentam a biblioteca.

Foi Nair que sugeriu que eu poderia ficar usando o computador, até o meio dia, horário que a faxineira larga o serviço.  No entanto, de uns tempos pra cá, ela tem colocado obstáculo quanto a isso.
Nesta última terça-feira, logo ao dar 11:00 horas, observei ela cochichar com Joana, perguntando se ela ficaria até o meio dia, se eu poderia ficar aqui... Demonstrando que não estou surdo e nem morto, falei que eu já iria embora.  Porém, Nair afirmou que Joana ficaria até o meio dia... que eu poderia continuar usando o computador.  Com Joana, falei que não vou ficar mais além das 11:00 horas, quando vier aqui de manhã.

Agora, à tarde, fiquei numa pracinha, poucos metros da biblioteca, esperando a chegada de alguma atendente.  Por volta de 12:50, na pracinha, aparece a Nair.  Torci para que ela não me visse, pois não queria cumprimentá-la. Contudo, ela me viu e com má vontade disse: "Ei".  Respondi, falando "estou indo pra lá..."  Ela nada disse.  Fui atrás dela, alguns metros de distância... Ao chegar na biblioteca, ela: "tudo bem?".  Eu:  "tudo bem, e vc?".

Pouco depois, chega a Sandra, alegre e amável, como sempre.  Enquanto fiquei em silêncio com a Nair, com a Sandra fui mais, bem mais afável, até revelando que vim à tarde para variar, mudar a rotina.  Embora exista outro motivo: como a tarde a faxineira não trabalha, acho melhor vir até a biblioteca neste horário, já que estou cansado de escutar sobre intrigas e desavenças.  Está ficando corriqueiro Joana e Sandra criticar a Nair, quando a mesma não está presente.  Claro que elas têm suas razões, sendo que Nair tem se revelado uma pessoa de difícil trato, mas que eu acho um saco todo este disse me disse,  acho!

Elas são rivais até mesmo no âmbito político... é, esta cidade interiorana é bem politizada!

Sou um problema, as duas atendentes são uns problemas, assim como a faxineira... A faxineira não estando presente é um problema a menos.

E a Nair acaba de puxar papo comigo, quebrando o gelo, perguntando se tem chovido na fazenda...

Intrigas, desavenças, inconstâncias, e muitas coisas desagradáveis... mas a vida é boa, como é boa, mesmo com tantos problemas e com o fato do ser humano não se entender com seu semelhante.
Assim é a humanidade... assim é a vida.

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