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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Sobre a vontade de morrer...(2)

Com apenas 20 anos de vida, não me agradava viver muito.

O ano de 1976, como já relatei aqui, foi bem movimentado pra mim.  Tive duas namoradas(uma de cada vez-rs); fui rejeitado por uma vizinha, transei com algumas empregadas domésticas e ainda fazia sexo com prostitutas... adorava beber e jogar sinuca e, mais ainda, adorava o rock, um mundo novo, maravilhoso, que havia acabado de descobrir.

Desde os 18 anos, eu já era desiludido.  Não via futuro algum na minha vida.  Detestava estudar e não parava nos empregos. E começou, timidamente, a vontade de morrer, até mesmo com o auto-extermínio.

O tempo passou e passou, a vontade só aumentou...

Na época, acreditava em Deus.  Mas, soava falso, e nunca fui fã de Jesus. Não que eu desgostasse dele, mas fã, nunca fui.
Rezava, mas  por insegurança.

Não obstante, naqueles dias, a minha enorme descrença era pela dificuldade que eu tinha de viver, já que eu não conseguia me adaptar á vida, me sentindo deslocado de tudo e de todos.
Não me lembro de ter pensado, na ocasião, que a vida era sem sentido, uma tremenda perda de tempo.

E foi, questão de um a três anos depois, que percebi  a falta de sentido da vida, que tudo não passa de perda de tempo.

Por volta dos anos 83,84, tive um namoro com  literatura: filosofia, política, religião, psicanálise.
Aí , me tornei ateu.
Nesta mesma época, ao descobrir o filósofo alemão Schopenhauer, me desgostei de vez da vida.

Voltando á Dona Elba, se ela ao ler minha mão, dissesse que eu ,falido, pra não passar fome ou residir num albergue, iria morar numa fazenda de uma prima, permanecendo lá apenas, por 13 meses, depois iria morar noutra fazenda, de um primo, eu acharia um absurdo!

Minha existência é  um absurdo!  A vida é um absurdo!

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