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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Minha luta contra o mundo

O ano era 1964, eu com 8 anos de vida.  Minha mãe chegou perto de mim, pediu que eu abaixasse a calça(ou a bermuda, ou calção, não me lembro direito) e agachasse.  Eu não estava entendendo nada e, inseguro, perguntei a ela: "A senhora vai me bater?".  Mesmo eu não tendo feito nada de errado, temi que poderia levar uma surra da minha progenitora, que falava, no momento, como se fosse um sargento.
Mas , que bobagem... nada de surra, era pra eu encerar a sala do apartamento.

Assim é a vida, os pais nos dão moradia, alimentação, presentes como brinquedos, mas também nos dão tarefas, tarefas que fazemos a contra-gosto... bem, pelo menos , eu fazia de má vontade.
E , na adolescência, deixei de ser bem mandado.  O bem mandado era meu único irmão, o bonzinho.  Eu era rebelde...

Uma das coisas que eu mais detestava , era varrer... e , hoje, na fazenda, é o que mais faço(rs).

Neste mesmo ano, eu tinha um relógio de pulso, chamado "Oris".  Gostava muito dele.
Mas, a paixão por relógios durou muito pouco.  Não gosto de relógios e, um dia, eu ainda era jovem, não recordo quantos anos tinha, minha mãe me deu, de presente de aniversário, um relógio.  Recusei o presente, afirmando que não gostava de relógios.  Ela ficou indignada! rs

Ainda em 1964, eu cursava o primeiro ano primário, num colégio perto de casa.
Mesmo não gostando de estudar, eu gostava do colégio.  Mas, fiquei apenas um semestre, pois meus pais, como era praxe, mudaram de residência.  Lamentei muito tal fato!

No citado colégio, uma professora me chamava pelo segundo nome.  Eu, acostumado a ser chamado pelo primeiro(o pré nome) , não a respondia(e não era por maldade, sinceramente). Aí, como ela questionou tal coisa, lhe expliquei que eu era chamado pelo primeiro nome.  A professora justificou , dizendo que o segundo nome é mais bonito, por isso ela me chamava daquele modo, mas como eu preferia ser chamado pelo pré nome, à partir de então, me chamaria assim.

Creio que é uma mistura de egomania com burrice, pois eu , quando criança, achava meu nome bonito.
Na verdade, ele é feio , difícil, esquisito e raro de se encontrar alguém com o mesmo nome .

E, no meu primeiro ano de ginásio, meu nome foi incômodo pra mim.
Um irmão de eu colega de sala, me deu um apelido, uma espécie de trocadilho com o meu nome.
Vamos supor que meu nome é João, ele me apelidou de Joana, ou Joanete, ou Joaninha.
Alguns colegas de sala me zoavam, a me chamar pelo incômodo apelido... eu xingava e um dia até saí no braço com um de meus colegas de sala.

Isso foi num semestre, já que meus pais, mais uma vez, mudaram de residência, em, consequência, ingressei em outro colégio.  Neste colégio, no primeiro semestre do segundo ano ginasial, fui o número 24 da sala.
Outra coisa constrangedora...

Á partir daí, temi , em outros colégios, na vizinhança , ou em qualquer lugar, que descobrissem o meu apelido, devido meu nome(isso foi na adolescência e na pós).
E, em outros colégios, temi voltar a ser o número 24.  No quarto ano ginasial, passei raspando; fui o número 23.

Outro presente incômodo da natureza, na adolescência:  o rosto enfestado de espinhas.
Eu era zoado por ser feio.

Outro presente de grego da vida: eu era ruim de bola... ruim em todas as competições.

E ainda era super criticado por gostar das músicas do cantor Paulo Sérgio, considerado cafona e imitador do  Roberto Carlos.

Ah, eu também era magrelo: 55 quilos para 1,72 de altura.  Franzino...

Born to lose(nascido para perder), não?
Mas, ainda tem mais...

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