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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Quase aconteceu

Quarta-feira passada, lá por volta das 14,15 horas, o caseiro da fazenda me chamou para ajudá-los a rastelar, limpar o enorme quintal da casa do primo.  Ele e os outros, desde segunda-feira , faziam um serviço duro, rastelando nos lugares ao redor da fazenda, a mando da mulher do meu primo.

Ao eu juntar-me a eles na empreitada, o filho do caseiro, sem a presença dos outros, começou a me zoar e a conversar merda.  Lhe chamei a a atenção, falando que não sou de brincadeiras e nem mesmo de conversa.  Ele ficou calado... pouco depois, se retira, indo tocar o gado. Ele foi tocar a boiada de moto, e mexeu comigo... ele estava numa insistência danada, me aconselhando a comprar uma moto...
Depois, ele volta... sua irmãzinha , de 10 anos aparece.  Ele sugere que eu a adote, que ela é chata demais.  Respondi que duvido que ela seja tão chata como ele. E sua mãe flagrou eu dizer isso(rs). Tanto eu como sua mãe, o criticamos.  No dia seguinte, quando  fui até a casa deles, para dar seis camisas minhas para o caseiro, ela me falou que o moleque dá muito trabalho, até mesmo na escola.  E disse ainda que falou que ele parasse de brincar comigo, que respeitasse os mais velhos.

O caseiro e os outros trabalharam bem mais do que eu.  No entanto, eu fiquei a rastelar o quintal da fazenda, de quarta-feira até sábado.

E no sábado, eu estava tão desanimado com tudo, principalmente com o fato da festa que aconteceria no final de semana, que, à tarde, me fechei em casa.  A vontade do auto-extermínio era grande.  Pensei também que se meu primo , sua mulher, ou outros da casa, me chamassem para executar alguma tarefa, responderia que eu não estava me sentindo bem.

O teto da casa onde moro, é bem alto, ficando difícil dependurar a corda, fazendo uso de uma cadeira.
Fui até a casa do caseiro e peguei emprestado uma escada.  Coloquei a forca... ainda vacilei, mas notei que minha vontade era maior do que as outras vezes, em que tentei o suicídio... o medo era menor.

Ainda assim, resolvi beber e comer.  Seria o último lanche. Bebi um pouco a mais, comi um pouco a mais.
Escutei uns três discos do Pink Floyd... acabei desistindo... fui dormir.

No dia seguinte, como de costume, me levantei por volta das 6 horas.  Pela janela, vi que meu primo já havia levantado.  Ele, sua esposa e sei mais quem, dormiram na casa. Até aquele momento, só haviam dois carros, que foram embora, pra cidade interiorana, participar de um batizado , pra logo em seguida, voltar à fazenda, com alguns convidados pro almoço.

Aproveitei a ausência dos mesmos, e rastelei ao redor da casa onde moro.
Minha intenção era não aparecer ao redor da casa do primo, enquanto o pessoal estivesse lá.  Assim o fiz. O primo me chamou, apenas por chamar, acabando por me apresentar um amigo dele.

Todos foram embora antes do anoitecer.  Foi tudo tranquilo.

O primo, mais uma vez, pisou na bola com o caseiro e um outro sujeito, que presta serviço pra eles: era dia de pagamento, que não foi pago pelo meu rico primo.  Incrível, esquece de pagar o que deve, mas não esquece de delegar serviços para os seus serviçais!  É o capitalismo, sinônimo de egoísmo.

Os dois ficaram esperando em vão pelo patrão(rimou , hein?), enquanto eu limpava a sujeira do quintal de cimento da casa.  Conversamos, com a presença do chato do moleque, filho do caseiro.

Apesar do caseiro, sua mulher e o outro funcionário, me tratarem bem, suspeito que eles não gostam de mim, mormente pelo fato de eu ser primo do proprietário da fazenda, como também por eu trabalhar bem menos do que eles... ter minhas "mordomias".

Evito ao máximo contato, mas, às vezes, não é possível, infelizmente, o isolamento, o tão sonhado isolamento total, sem problemas, com paz , silêncio e saúde.

O caseiro, confidenciou comigo, que o outro funcionário é perigoso... é sanguessuga, fofoqueiro e ainda fala com o meu primo que faz trabalhos que, na verdade, são feitos pelo caseiro.

Habituais intrigas humanas...

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