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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Ironias da vida

A primeira vez em que usei computador foi no final do século passado ou no começo do século atual.
Foi na casa da mãe da minha ex-esposa, numa cidade bem próxima de Belo Horizonte.

O computador era da minha cunhada. Não tinha internet.
Eu "apanhei" no manuseio do mouse.  Rapidamente, saí de perto da tela. Mouse?  Tira esse bicho da minha frente, foi o que pensei.  E nunca podia imaginar que um dia voltaria a ficar diante de uma tela de um computador.

Contudo, o companheiro da minha mãe comprou um computador , no começo de 2006.
Com medo, ainda assim, resolvi encarar o mouse.  E não é que , desta vez, o manuseei sem muitas dificuldades!

Aos poucos, fui pegando as manhas.  Tive ajuda da então mulher do meu tio materno, do neto do companheiro da minha mãe e muito auxílio de blogueiros experientes e de boa vontade.

A meu ver, o companheiro da minha mãe comprou o computador por dois motivos: para facilitar o trabalho na sua micro empresa e pelo fato de ser moda ter um aparelho em casa... por adorar consumir.

Quanto mais o tempo passava, mais tempo eu ficava diante da tela do pc, mais  adorava usar internet.

Nas primeiras viagens na internet, meus primeiros interesses foram pesquisar sobre belas atrizes desconhecidas, que atuaram em filmes de terror B.
Que regozijo em saber coisas sobre elas, em ver fotos delas!

Depois, comecei a navegar em blogs, dando ampla preferência aos blogs de rock, nos quais, até o primeiro semestre de 2015, baixei mais de mil discos em mp3.
Eu comentava nos blogs... até em blogs estrangeiros, nos quais eu exibia meu sofrível inglês.

A interação no Orkut e trocando e-mails, a principio, foi prazerosa; com o passar do tempo, virou um desastre(brigas, frustrações, decepções, afastamentos).  Hoje, raramente, comento em blogs(às vezes, comento usando outros nicks).
E apenas uma pessoa corresponde comigo, por e-mail... uma amiga que conheci no Orkut.
A conheço, desde 2008.  A conheci pouco tempo depois que conheci a que seria, com o passar do tempo, a mulher que mais gostei na vida.
Tal amiga deve ser santa, pois, no mundo virtual, parece que apenas ela me tolerou(rs).

Ironias da vida: eu não gostava do companheiro da minha mãe, que era uma pessoa de difícil trato, de caráter duvidoso, criava brincadeiras de péssimo gosto e fez a minha progenitora bem infeliz.
Não obstante, creio que se não fosse ele, eu jamais teria usado um computador.
Nem saberia o que é internet.

Como vivo falando, a internet é uma das melhores coisas da vida; uma das pouquíssimas coisas que gosto.  Algo que conheci com meio século de vida.

Ironias da vida: foi na internet que conheci a mulher que mais gostei. Mulher que tive a grande infelicidade de não conhecer pessoalmente.  Pelo que ela me falou e até revelou em seu blog, eu fui o homem que mais a fiz sofrer, o homem que mais a magoou no campo sentimental.
E como eu sofri com esta paixão!  Quantos dissabores!
Além de ter sofrido, a fiz sofrer, e creio que nenhuma mulher sofreu tanto comigo, nenhuma pessoa, aliás, sofreu tanto por minha causa...
Há três anos que ela sumiu pra sempre da minha vida, como o corvo de Edgar Allan Poe, disse "nunca mais!".

E se não fosse a internet, eu , além de ter adquirido muitos discos em mp3, não conseguiria recuperar uns 42% da minha coleção de 1238 vinis, que vendi para um dono de loja de discos(baixei 564 discos em mp3).  A saudade dos outros 58% é grande. E é, praticamente, impossível que eu consiga baixar o resto, já que não mais tenho internet... não tenho dinheiro.
Agradeço imensamente aos blogueiros , proprietários de blogs de rock, pelos ótimos discos disponíveis para baixarmos.

Hoje, de consolo, acesso a internet duas vezes por semana, na biblioteca da cidade interiorana, ficando de duas horas e meia a quatro por dia, navegando no Google.
O prazer é bem, bem menor, mas...

Minha parca cultura aumentou , graças à internet.
Meu sofrível português melhorou, graças à internet.
Na internet, conheci a mulher mais fascinante do mundo... na internet, a perdi pra sempre.

Tudo que relatei, graças á internet, graças ao falecido companheiro da minha mãe, um homem que eu não gostava.  E, afinal, como disse o marido da filha do irmão mais velho do meu pai(a ex-patroa), tenho uma facilidade enorme de não gostar das pessoas. Coisas de espírito de porco.rs
É, no segundo semestre do ano passado, passei a detestar o casal 0, sendo que antes eu gostava deles.
Já no começo de 2017, passei a desgostar da viúva do meu tio materno, que andou me ajudando financeiramente.
E dela, da última paixão da minha vida?  Não odeio, não desgosto. Mesmo morto, mesmo ela tendo falado que eu morri pra ela, a quero bem.  No entanto, a mágoa, a tristeza, ainda são grandes.
Há até a saudade... mas tudo foi somente um sonho, um sonho que se acabou, se tornando um pesadelo. Ledo engano!  Tempo perdido!
E suspeito que o Sr Destino deve é estar rindo da minha cara, da minha desilusão...
Ironias da vida...

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