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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O rabugento continua a pedir indulto(2)

Á partir de agora, eu ,que já converso muito pouco com o pessoal da fazenda, conversarei menos ainda, evitando ao máximo contato com todos, incluindo , claro , o meu primo.

No final de semana, sou obrigado a rastelar o terreiro, o quintal da fazenda, o qual dá muito trabalho, já que as folhas e o Mister Vento não têm dó!
Evitarei , na medida do possível, evitar de aparecer no quintal, na parte da tarde, onde é comum me deparar com o primo.
E se ele e sua esposa não ficarem satisfeitos com o meu serviço, que me expulsem da fazenda.
Se ele me obrigar a mexer com vacas, capinar com mais intensidade , enfim, se me delegar mais tarefas, nego a cumprir suas ordens, e até digo: "te agradeço por ter feito a caridade de me acolher, mas não farei tais coisas, que vc quer que eu faça. Se vc não está satisfeito comigo, dê-me um tempo, de um mês, no máximo, para que eu me retire da sua fazenda. Só consigo ficar mais satisfeito bem longe do contato humano.  A internet diária saiu pra sempre da minha vida, mas eu sobreviveria , com um pouco de satisfação, ouvindo meus discos, comendo e bebendo.

Não duvido que aqueles pouquíssimos navegantes, que ainda me lerem, pensarem que sou , entre tanta s coisas ruins, um ingrato.
Não, não sou ingrato.

Bem, até o momento, não desgosto do meu primo...
De agosto do ano passado, até janeiro deste ano, três pessoas que eu era grato, que pensei que tinham consideração comigo, pessoas que gostei, que confiei nelas, foram injustas com a minha pessoa: a filha do irmão mais velho do meu pai, seu marido e a viúva do meu tio materno.

Falei com eles e com outras pessoas, mesmo no pensamento, que devia obrigação aos mesmos, pela  ajuda que me deram. Porém, os três acabaram pisando na bola, demonstrando que estão longe de serem as pessoas bondosas, que pensei que fossem.

Falei , o que vou falar agora, no blog, com o caseiro e com uma das irmãs do meu primo:
Imaginem um sujeito, com uma determinada profissão, cujo salário, no mercado de trabalho, oscila entre três mil a cinco mil reais, e ele começa a trabalhar numa firma , a perceber dez mil reais.
Ótimo salário, não?  No entanto, seu patrão, o maltrata, o humilha, é chato, bem injusto com ele.
Compensa trabalhar num lugar assim?  Não é melhor pedir demissão? Tanto o caseiro, como a prima, concordaram comigo: melhor sair da firma.
Isso foi uma analogia da minha saga com a filha do irmão mais velho do meu pai e seu marido.
Fato que narrei muito, aqui no blog.

Quanto ao dinheiro que recebia , a título de ajuda(ou esmola?) da viúva do meu tio materno, imaginem que uma pessoa tão necessitada, mais ou menos como eu, recebendo uma grana de outra... e a pessoa que ajuda joga o dinheiro no chão, para o necessitado pegar...  e ainda diz: "te ajudo quando quiser, na hora que eu quiser".  Assim que eu me sentia com a ajuda da citada viúva.
Foi humilhante, estava me fazendo mal.

Nos últimos tempos, bem antes de eu até pensar em residir na roça, já prevendo, lógico, que ficaria falido, eu vivia a dizer: na situação em que me encontro, aceito ajuda até do diabo.
Entretanto, a minha alma ele nunca vai ter... não aceito que me humilhem e que sejam injusto comigo, que me joguem na cara a ajuda que me deram.

E o prognóstico para o meu futuro é bem sombrio.
Recordando, os primeiros dias em que passei na fazenda da filha do irmão mais velho do meu pai foram bem bons, me dando esperança de dias melhores, de um fim de vida mais tranquilo. Mas, tudo terminou mal, bem mal!  Já na atual fazenda, desde minha mudança,  não tenho me sentido bem.  Estou muito descontente, bem infeliz!  Super nervoso, irado, rabugento, até mesmo histérico.
Corro o risco, temo de enlouquecer, de terminar meus dias internado, seja doente num hospital, ou desolado num abrigo/asilo ou insano num manicômio.

Lembrando que aos 20 anos, quando me tornei fanático por rock, ao conhecer a tradução da música "Paranoid", do Black Sabbath, me identifiquei muito com ela, que tinha a minha cara.
40 anos se passaram, e continuo pior ainda.
Creio que foi em 2010 que criei meu primeiro blog, a relatar sobre coisas pessoais.
Já havia amargura, mas existia humor...
Há três anos, criei o blog "Isolamento Total"... a amargura aumentou, e muito!
E não existiu postagem bem humorada.
Tudo só tende mesmo a piorar.

O impasse continua: não tenho coragem de me matar e o Sr Destino não quer eliminar a minha vida.
Aí, até me humilho, ajoelho e peço pelo indulto... já passei da hora de morrer!
Tenha pena de mim, Sr Destino, por favor!



2 comentários:

  1. Meu amigo que desabafo bem sincero e muito triste. Fiquei solidaria ao seu sofrimento. Imagine a ironia, enquanto eu rogo um pouco mais do privilegio da vida, voce faz a mesma coisa mais pedindo a morte. Não estou lhe criticando, e forma alguma teria esse direito. Mas realmente sentindo a sua angustia. Já lhe disse uma vez que se parece muito com meu primeiro irmão que morreu, ele foi perdendo o gosto pela vida, se entregou a morte, e quando ela chegou ele não queria mais morrer, mas para ele já era tarde e ele partiu querendo que o tempo volta-se e pudesse viver um pouco mais. Muita força meu amigo. Enorme abraço.

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    1. Quem dera se todos fossem compreensivos como vc, Mirtes, quem dera!

      Vc já havia me contado isso a respeito do seu irmão.
      A vida, nós, somos cheios de contradição, mas acho possível , no caso do seu irmão, que apesar dele ter desejado sua morte, ainda tinha um pouco de instinto de vida, isso costuma a acontecer até com os suicidas.

      Muito obrigado pela força, Mirtes.

      Abraço retribuído.

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