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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Não é só casa e comida que faz o homem feliz(2)

No domingo, saí da cama bem mais cedo do que saio, só para rastelar o terreiro da casa dos patrões, já que as folhas não param de cair...
Tentei andar o mais depressa possível, pra terminar a limpeza e sumir do mapa.
Entretanto, eles chegaram, pouco antes das 8 horas.
Como sempre, descarreguei as coisas na picape do primo.

Corrigindo o que eu disse no post anterior: no sábado , eu ganhei de comida, um prato de arroz com batatas cozidas , tomate e dois bifes de fígado de boi.  E foi no domingo, que rastelei as folhas das duas mangueiras e ganhei mais comida: uns meio quilo de carne de porco e um grande pedaço de toucinho.

Eu estava no meu lar, tranquilo... uma das irmãs do primo, que é muito atenciosa comigo, foi até meu encontro.  Tudo muito rápido.

Depois, alguém me chama, pedindo que eu fosse até a casa dos patrões para conhecer mais duas primas(irmãs do primo/patrão).
Ambas foram bem amáveis comigo. Ao conversar com a primeira delas, a patroa, novamente, pediu que eu colhesse limão. Quando fui apresentado e conversava com a segunda prima, a patroa me falou: "Você não vai pegar os limões pra mim?"  Não gostei, pois eu não estava enrolando, pouco eu tinha conversado com a prima e estava até com o saco plástico para pegar os limões na mão.
Fiquei sem graça e com raiva, mas colhi os limões para a madame. Ela mandou eu balançar os limoeiros para pegar limões bonitos, amarelos, como ela diz gostar. Nervoso, consegui , no máximo uma dúzia. Achei que ela poderia achar que era pouco.  Se ela achasse que era pouco, eu tencionava em dizer que não mais pegaria os limões... sairia do recinto e falaria para que meu primo conversasse comigo(eu estava disposto a chutar tudo pro alto, afirmando que não mais moraria lá).
Lhe expliquei que não encontrei mais limões amarelos... ela disse: tudo bem e agradeceu(agradeceu?! Incrível!).

Eu já iria me retirar, mas o almoço seria servido e o primo patrão me "obrigou" a rezar com todos.
Ridiculamente, todos deram se as mãos, fazendo uma espécie de rodinha. Havia, no mínimo, umas vinte pessoas. Eu, p. da vida, afinal sou ateu.  Fiz o sinal da cruz, mas não rezei o Pai Nosso e a Ave Maria que todos rezaram(fiquei mudo).  E a autoritária patroa ainda teve o descaramento de fazer um breve discurso, agradecendo a Deus e hipocritamente, falando coisas como "não devemos ofender as pessoas com as palavras".  Justamente, ela que tem péssima fama, fama de humilhar os outros(eu próprio me senti humilhado por ela, como acabei de relatar).

Algumas pessoas insistiram para que eu almoçasse de novo(eu já havia lanchado no meu lar).
Não aceitei.

E não terminou por aí, não.  Meu primo me chamou, no meu lar, como de costume, gritando meu nome, para me dar um prato cheio de arroz e com um pouco de pedaços de carne de porco e de fígado.
Isso: "quando eu sou um bom cachorro, eles me atiram um osso"(Roger Waters).
Logo em seguida, me irritou ao mandar eu limpar a parte de fora de uma das janelas, de onde moro, que estava um pouco suja.

...continua...

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