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terça-feira, 9 de maio de 2017

Um grande dia para a liberdade

Conversas, papos repetitivos, enchem a paciência.  Na fazenda anterior, eu era obrigado a escutar as conversas fiadas do marido da filha do irmão mais velho do meu pai.  Na atual fazenda, é a vez de ouvir as besteiras proferidas pelo primo.  Haja paciência, que se esgotou com o antigo patrão/chefe e pode se esgotar também com o atual patrão, ou melhor, tutor.
E olha que não convivi com o primeiro todos os dias, sendo mais comum o contato quinzenal. E , apesar de conviver com o primo todo final de semana, nosso contato é menor ainda.
Se eu convivesse todos os dias com o antigo chefe/patrão, não ficaria na fazenda por 13 meses, como fiquei, bem mais cedo me desentenderia com o babaca.  Digo o mesmo a respeito do primo.

De fato, uma das características do ser humano é ser repetitivo.  Eu próprio o sou.  No entanto, como não gosto de incomodar os outros, mais penso do que falo, usando o blog como um canto para desabafo, exibo minhas repetições... os mesmos pensamentos, as mesmas frustrações.
Afinal, ninguém é obrigado a me ler.

O vazio da existência me tornou também vazio, oco por dentro.  "Perdido num mundo perdido".
Um mundo, que pra muitos é cheio de coisas interessantes, mas, pra mim, o planeta é mais oco do que eu, bem mais.  É um tudo, que , na verdade, não é nada.  O mundo não está com nada!

A repetição continua:  Sr Destino, mais uma vez, rogo-lhe, me tire daqui!
Será que não existe um outro planeta, uma outra dimensão, em que eu possa ter paz?  Em que eu possa ficar contente?  Será que não existe, neste vasto universo, um lugar o qual não existe problemas, dinheiro e trabalho?
Por que, Sr Destino, estamos presos aqui, na Terra?  O céu da Terra , até que é bonito, azul... Mas por que não conhecemos outros planetas, com céus de diferentes cores?
Imaginem, um céu verde, ou vermelho, ou multi colorido...
Por que só uma lua?  E branca?!  Por que não muitas luas, de diversas cores?

No caminho que trilho da fazenda em que moro, para chegar na cidade interiorana, passo ao redor de algumas porteiras de fazendas. Costumo ter um ímpeto de abri-las e seguir por elas, sem nunca mais voltar; procurando alcançar algo novo... adoro o silêncio do campo... a quietude...

Há pouco tempo, um fazendeiro falou que fazenda que não tem vaca e nem cachorro, não é , de fato, uma fazenda.  Pois acho bem mais agradável a ausência de cachorros e de vacas.  Ausência mais agradável é a humana(exceto a minha-rs).  Ausência de insetos e de animais perigosos são também bem vindas.

Sr Destino, se vivemos só uma vez, não havendo vida além túmulo, por que não tirar a minha?  Veja bem, no final deste mês, completo 61 anos!  Já passou a hora de eu partir.
Por favor, me ajude!
Continuo a sonhar com o grande dia da liberdade.


Um Grande Dia para a Liberdade(David Gilmour)

No dia em que o muro veio abaixo
Eles jogaram os cadeados no chão
E com as taças erguidas nós gritamos pois a liberdade havia chegado

No dia em que o muro veio abaixo
O Navio dos Tolos finalmente atracou
Promessas incendiaram a noite como pombos de papel em vôo

Eu sonhei que você havia me deixado
Sem calor, nem mesmo o orgulho sobrou
E mesmo que você precisasse de mim
Ficou claro que eu não poderia fazer nada por você

Agora a vida perde valor a cada dia
À medida que amigos e vizinhos partem
E há uma mudança que, mesmo com arrependimento, não pode ser desfeita

Agora fronteiras mudam como areias dos desertos
Enquanto nações lavam suas mãos ensanguentadas
De lealdade, de história, em tons de cinza

Eu acordei aos sons de tambores
A música tocava, o sol da manhã entrava
Eu me virei e olhei para você
E tudo menos o resíduo amargo fugia... fugia.

2 comentários:

  1. Tem razão, Roderick! Muitas vezes, as pessoas são mesmo cansativas. Mas, olha, sempre existem exceções à regra. ;)

    Fique bem!
    Beijos!
    Blog: *** Caos ***

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    Respostas
    1. Helena, há quem me chama de cansativo(rs).

      Claro que existem exceções e vc parece ser uma delas.

      Obrigado!
      Abraços!

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